Paris, 13 fev (EFE).- A histórica catedral de Notre Dame, um dos monumentos mais célebres de Paris, completa neste ano seu 850º aniversário e, para comemorar a data, seu campanário será renovado, em uma operação que, segundo o jornal ‘Libération’, poderá custar cerca de US$ 3,3 milhões.
O projeto consistirá em instalar oito novos sinos na torre norte da catedral e construir outra que acompanhe o maior sino da torre sul, explicou o site desse monumento.
A obra da Notre Dame foi concluída em 1345 e em 1769 chegou a contar com 20 sinos, o que para os responsáveis pela conservação da catedral representava uma ‘verdadeira paisagem sonora no céu de Paris’.
No entanto, devido às necessidades da Revolução Francesa (1789-1799), seu metal foi considerado apto para construir canhões e todos, exceto o sino maior – batizado como Emmanuel -, foram fundidos com fins militares entre 1791 e 1792.
Os quatro sinos instalados em seu lugar 60 anos depois estragaram o efeito do conjunto, não apenas pela ‘medíocre’ qualidade de seu material e por seu inadequado tamanho, mas também, segundo esses responsáveis, por estarem desafinados entre si e em relação a Emmanuel, obra-prima de 13 toneladas e que conta atualmente com mais de 330 anos de existência.
Somente agora, após uma iniciativa sem sucesso em 2000, o responsável da catedral, o monsenhor Patrick Jacquin, conseguiu que o projeto fosse aprovado pelo Ministério de Cultura francês.
No final de fevereiro, será divulgado o nome da empresa escolhida para renovar o campanário, que deverá ser inaugurado no Domingo de Ramos de 2013.
Esse é um dos maiores trabalhos previstos para comemorar o aniversário da Notre Dame, entre os quais também estão a melhora da iluminação interior e a reparação de seus principais órgãos, além de uma série de eventos, como congressos científicos, espetáculos e exposições.
A catedral atrai a cada ano 13 milhões de pessoas, entre fiéis, peregrinos e turistas, o que segundo seus próprios números, a faz ser o monumento mais visitado da França, passando inclusive a Torre Eiffel. EFE