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Castelo de Windsor: o lar da rainha onde Harry escolheu se casar

Conheça a história da grandiosa residência real, casa de 40 monarcas ao longo de nove séculos, e a tradicional capela que receberá a cerimônia

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 Maio 2018, 19h37 - Publicado em 17 Maio 2018, 19h11

Considerada a igreja mais importante de Londres, a Abadia de Westminster é também o cenário favorito de boa parte dos casamentos de príncipes e princesas. Nos últimos 100 anos, a catedral abrigou dez cerimônias da realeza. Entre elas, a união da rainha Elizabeth II e seu príncipe Philip, e, a mais recente, entre William e Kate Middleton.

Foi com surpresa então que Harry e Meghan Markle anunciaram que seu casamento seria bem longe dali, na catedral de São Jorge, dentro dos muros que contornam o Castelo de Windsor, a cerca de 40 quilômetros de Londres. Diferentes teorias sugerem o motivo do casal ter escolhido um ambiente, por assim dizer, menos glamouroso que a pomposa Abadia. O fato de Meghan ser divorciada seria uma possível razão.

Contudo, a dinâmica da família com o espaço oferece a explicação mais plausível. Harry tem uma conexão antiga com Windsor. O castelo fica a poucas ruas da Eton College, escola onde ele estudou dos 13 aos 18 anos. Foi ali na capela também que o príncipe foi batizado, aos três meses de idade. Para além da ligação emocional, Windsor possui uma praticidade familiar. O castelo, especialmente nesta temporada de primavera, é uma das casas favoritas da rainha Elizabeth II, que acaba de completar 92 anos. Seu marido faz, em junho, 97. Logo, uma cerimônia a poucos passos da casa da avó deixa mais prático todo o processo entre a união e o tradicional almoço oferecido pela monarca após um casamento real.

Se a história recente faz do castelo um ambiente aconchegante para os membros da realeza britânica, os mais de 900 anos da construção abrigam as mais variadas histórias. Desde casamentos conturbados, refúgios em tempos de guerra e até um incêndio devastador que quase destruiu toda a imponente construção.

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De castelo de guerra à série ‘The Crown’

A popular série The Crown, da Netflix, exemplifica de forma simples a simbologia do Castelo de Windsor. Após um evento desastroso entre a rainha e a ex-primeira-dama americana Jacqueline Kennedy, um segundo encontro é agendado para que elas possam resolver as fofocas — Jackie teria dito que Elizabeth II e a realeza eram bregas e provincianos. Em vez de agendar no Palácio de Buckingham, a rainha marca o chá no Castelo de Windsor. “Às vezes só uma fortaleza resolve”, diz Claire Foy, intérprete da rainha, sobre a delicada situação. A arquitetura brusca e uma grande quantidade de soldados mostram que o espírito da monarca não está em seu momento mais pacífico.

Na vida real, Elizabeth II aprendeu desde cedo que o castelo era uma fortificação que inspira confiança à corte. Durante a II Guerra Mundial, seu pai, o rei George VI, insistia em continuar em Londres durante os bombardeios que atingiram a cidade. Já a futura rainha e sua irmã, Margaret, se mudaram para Windsor, onde eram visitadas pelos pais aos fins de semana. Não à toa a rainha mantém o hábito de passar os sábados e domingos no castelo, além de estações como a primavera, e semanas inteiras em que promove eventos e recebe personalidades. Foi lá, por exemplo, que ela começou a amizade de anos com o reverendo americano Billy Graham, que celebrava pequenas pregações no local a pedido da monarca.

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A história do castelo começa em 1070, quando William, o Conquistador elegeu o terreno elevado próximo ao rio Tâmisa para sua edificação. A ideia era proteger a região ocidental de acesso a Londres. Após 16 anos, o castelo estava pronto. Sua estrutura de guerra, contudo, serviu pouco para combates, já que o espaço se tornou uma das casas favoritas da realeza por seu afastamento da cidade e pela área florestal ao redor, ideal para caça, um dos hobbies da família.

Desde então, a construção passou por diversas mudanças e ampliações, sendo uma das mais significativas comandada pelo rei Edward III, que transformou a decoração militar em um palácio gótico, no fim do século XIV. Foi quando nasceram os primeiros ambientes voltados para receber reuniões políticas, além de novos quartos majestosos para a vivência da corte.

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Os reis da dinastia Tudor, durante pouco mais de cem anos, viveram muitas de suas intensas histórias no castelo. É lá, aliás, que está enterrado Henry VIII, o controverso monarca que teve seis esposas, entre elas a não menos polêmica Ana Bolena, decapitada acusada de infidelidade. A união com Ana foi o que levou, de forma indireta, à criação da igreja Anglicana, já que o rei teve que quebrar a aliança com a Igreja Católica para anular seu casamento anterior.

Em 1992, o castelo foi alvo de um incêndio acidental, que destruiu 20% da área de 54.000 metros quadrados. Foram necessárias 15 horas para conter o fogo por 225 bombeiros. Toda restauração demorou cinco anos.

Capela de São Jorge, entre túmulos e casamentos

Vista do Castelo de Windsor, localizado na Inglaterra, onde será realizado o casamento do príncipe Harry e da atriz Meghan Markle
Capela de São Jorge, que fica dentro do Castelo de Windsor (Peter Phipp/Getty Images)

No total, 40 monarcas chamaram o Castelo de Windsor de lar — e dez deles foram velados e enterrados na capela de São Jorge. Outros membros da corte, como a rainha-mãe Elizabeth e a princesa Margaret, mãe e irmã de Elizabeth II, respectivamente, repousam suas cinzas na igreja. Aliás, um túmulo para as cinzas da rainha Elizabeth II está preparado no local.

A igreja, que demorou mais de 50 anos para ser finalizada, em 1528, é mais que um cemitério real.

Talhada em estilo gótico, com teto arqueado feito de pedra, a catedral que comporta 800 pessoas é casa da Ordem da Jarreteira, uma das mais nobres e antigas ordens militares da cavalaria britânica, criada no século XIV.

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Apesar da popularidade da Abadia de Westminster, a capela São Jorge também tem um currículo de casamentos reais. O primeiro a ser celebrado ali foi entre o rei Edward VII e a rainha Alexandra, em 1863. O herdeiro direto da rainha Victoria foi o primeiro de muitos filhos da monarca a eleger a igreja de Windsor como local para matrimônios.

Após quase cem anos sem uma boa festa de casamento para celebrar, São Jorge voltou ao circuito com a união do príncipe Edward, caçula de Elizabeth II, e Sophie Helen Rhys-Jones, nora considerada a favorita da rainha, em 1999. Harry e Meghan, agora, fazem com que os holofotes retornem à modesta e rústica capela.

Confira abaixo uma imagem em 360º do interior da São Jorge.

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