Carla Bruni: maternidade não dá esperanças sobre o futuro
Primeira-dama francesa não prevê nada de diferente para os próximos anos, e diz que pretende criar filho com Sarkozy sem deixar de investir na carreira artística
A ex-cantora, modelo e primeira-dama da França, Carla Bruni-Sarkozy, que deve de dar à luz em poucos dias, disse que as pessoas não decidem ter filhos nos dias de hoje “se questionando” sobre como viverão em tempos de crise tão incertos. “Não acho que quem deseja ter um filho deve se questionar sobre isso”, respondeu Bruni-Sarkozy, em entrevista à revista feminina Madame do jornal Le Figaro, publicada neste sábado, em resposta à pergunta sobre o contexto de crise no qual nascerá seu bebê.
A primeira-dama explicou que os recém-nascidos chegam ao mundo “em uma inconsciência feliz, e é assim desde o início dos tempos”. “Se a reprodução humana estivesse condicionada à perspectiva de uma vida perfeita, não estaríamos aqui”, justificou. A ex-modelo, cantora e atual esposa do presidente francês, Nicolas Sarkozy, reconheceu não ter “uma vida difícil”, já que recebe “muita ajuda” e, portanto, seu segundo filho — ela já tem Aurélien, de 11 anos, da união com o filósofo francês Raphael Enthoven — não irá impedi-la de compatibilizar sua vida pessoal com projetos futuros.
“Claro que vou me ocupar com o bebê, mas não vejo porque isso me impediria de trabalhar”, disse a atriz, que fez uma ponta no último filme de Woody Allen, Meia-Noite em Paris. Carla Bruni ressaltou ainda que seu papel de mãe não concorre com as funções de primeira-dama, já que suas obrigações “não são tantas” e as faz “de bom grado”.
No entanto, reconheceu que “a maternidade não é necessariamente propícia para a criação artística”, e que “nunca poderia viajar 150 dias por ano sem seu filho”. A intérprete do sucesso de vendas Quelqu’un M’a Dit contou que voltou a ouvir Amy Winehouse, após sua morte, que a deixou “muito triste”.
(Com agência EFE)