Caravaggio encontrado em sótão na França é autêntico
A pintura mostra Judite, heroína bíblica, decapitando em sua tenda Holofernes, o general de Nabucodonosor
Por Da Redação
12 abr 2016, 15h38
Quadro autêntico do pintor italiano Caravaggio é encontrado na França Patrick Kovarik/AFP
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O quadro do pintor italiano Caravaggio (1571-1610), descoberto em 2014 em um sótão de uma casa no sudoeste da França, é uma obra autêntica, segundo vários especialistas, apesar da dúvida expressada por alguns colegas. “Esta iluminação especial, esta energia típica de Caravaggio, sem correções, com a mão segura, e as matérias pictóricas, fazem com que este quadro seja autêntico”, declarou o especialista Eric Turquin, admitindo, no entanto, que ainda haverá controvérsia das análises.
Nicola Spinoza, ex-diretor do museu de Nápoles e um dos grandes especialistas mundiais em Caravaggio, concorda com Turquin. “É preciso ver nesta tela um verdadeiro original do mestre lombardo, identificável quase com certeza, apesar de não termos prova tangível e irrefutável”, assinala Spinoza.
A pintura foi descoberta no sótão de uma casa no sudoeste da França e proibida de sair do país por parte das autoridades, à espera de sua análise. Um decreto da ministra da Cultura, publicado em 31 de março, “rejeita o certificado de exportação pedido para uma pintura possivelmente atribuída a Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio”.
Trata-se da obra Judite e Holofernes, uma pintura a óleo sobre tela de 1600 por 1610, “recentemente redescoberta e de grande valor artístico, que poderia ser identificada como uma composição perdida de Caravaggio”, indica a ordem ministerial. A pintura mostra Judite, heroína bíblica, viúva da cidade de Betúlia, decapitando em sua tenda Holofernes, o general de Nabucodonosor, que sitiava a cidade. A existência da obra era conhecida por uma cópia atribuída a Louis Finson, pintor flamengo contemporâneo de Caravaggio.
1/12 O Tocador de Alaúde, de 1595. Integra o acervo do Museu Hermitage, em São Petersburgo, na Rússia (Foto: Reprodução/VEJA)
2/12 Os Músicos, de 1595, encontra-se no Museu Metropolitan em Nova York (Foto: Reprodução/VEJA)
3/12 A Deusa da Boa Ventura, produzida entre 1595-1598. Integra o acervo do Museu do Louvre, em Paris (Foto: Reprodução/VEJA)
4/12 Cabeça de Medusa, de 1598. A pintura foi encomendada como um presente para o grão-duque da Toscana, entrando para a coleção dos Médici. Hoje é parte do acervo da Galeria Uffizi, em Florença (Foto: Reprodução/VEJA)
5/12 Menino Mordido por um Lagarto, produzida entre 1595 e 1600. A tela está exposta na National Gallery em Londres (Foto: Reprodução/VEJA)
6/12 Davi com a Cabeça de Golias, de 1600. A tela está nas paredes do Museu Prado, em Madri (Foto: Reprodução/VEJA)
7/12 A Ceia em Emaús, de 1601. A pintura foi encomendado pelo nobre romano Ciriaco Mattei. Atualmente, ela está na National Gallery , em Londres. Caravaggio pintou uma segunda versão do quadro, que está exposta na Pinacoteca de Brera em Milão, na Itália (Foto: Reprodução/VEJA)
8/12 Descida da Cruz, produzido enter 1600 e 1604. A tela é considerada uma das obras-primas do pintor, e foi encomendado por Girolamo Vittrice para a capela de sua família em Santa Maria de Vallicella, em Roma. Atualmente pode ser encontrada nos Museus do Vaticano (Foto: Reprodução/VEJA)
9/12 A Morte da Virgem, de 1606. A pintura foi encomendada em 1601 para a igreja de Santa Maria della Scala, em Roma. Atualmente pode ser encontrada no Museu do Louvre, em Paris: (Foto: Reprodução/VEJA)
10/12 Alof de Wignacourt, de 1608. Retrato do Grão-Mestre da Ordem de Malta, está hoje no Museu do Louvre, em Paris (Foto: Reprodução/VEJA)
11/12 Salomé recebe a cabeça de São João Batista, pintada entre 1607 e 1610. A obra foi produzida nos anos finais de sua vida; hoje é do acervo da National Gallery, em Londres (Foto: Reprodução/VEJA)
12/12 O Martírio de São Lourenço, foi recentemente atribuída a Caravaggio. Todavia, ainda não foram concluídas as análises que certificam a autoria da pintura (Foto: Reprodução/VEJA)