Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘Capitã Marvel’ bate US$ 1 bi e entra para lista dominada por franquias

Maioria dos filmes "bilionários" é de sequências lançadas nos últimos dez anos e feitas para o público jovem

Por Juliana Varella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 abr 2019, 19h25 - Publicado em 3 abr 2019, 15h20

Nesta quarta-feira, 3, Capitã Marvel ultrapassou a marca de 1 bilhão de dólares em bilheteria nos cinemas mundiais, após apenas quatro semanas em cartaz. Com isso, o filme se junta ao cada vez menos seleto grupo de títulos que conseguiram arrecadar tamanha fortuna – com a capitã, já são 38 deles (confira a lista completa ao final da reportagem).

Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros foi o primeiro longa a chegar à casa do bilhão, em 1993. A lista de bilionários, porém, só começou a crescer em velocidade acelerada na última década, fenômeno justificado em parte pelo aumento dos preços dos ingressos. Dos 37 anteriores a Capitã Marvel, trinta chegaram aos cinemas a partir de 2010, a maioria pelas mãos da Disney. Ao todo, já são dezenove produções da empresa (contando a nova integrante), impulsionada pelos selos LucasFilm, Marvel (ambos incorporados em 2012) e Pixar (adquirido em 2006, mas parceiro desde o início). A Marvel, marca a que pertence a Capitã, já emplacou sete sucessos acima da faixa de 1 bilhão de dólares, sendo um deles acima dos 2 bilhões (The Avengers: os Vingadores).

Para alcançar o topo, é preciso investimento – e muito. A maior parte dos filmes nessa lista contou com um orçamento de mais de 200 milhões de dólares, e isso apenas na produção: alguns números chegam a dobrar quando se somam os custos com publicidade, que não costumam ser revelados pelas produtoras. O bilhão, nesses casos, torna-se quase necessário para fugir do prejuízo.

Se o investimento é alto, longas independentes passam bem longe da lista e qualquer coisa que não seja feita em Hollywood, ou pelo menos apoiada pela indústria americana, tem poucas chances de chegar lá. Prova disso é que todos – todos – os filmes com mais de 1 bilhão de dólares em bilheteria são produções ou coproduções americanas (O Senhor dos Anéis, por exemplo, é uma parceria entre Nova Zelândia e Estados Unidos, e Harry Potter, entre Reino Unido e Estados Unidos). A bilheteria americana, inclusive, continua sendo a mais forte do mundo, seguida pela chinesa.

Continua após a publicidade

Pensando nisso, uma breve análise da faixa etária das grandes bilheterias ajuda a compreender o tipo de filme que a indústria de Hollywood tem priorizado em seus orçamentos mais carnudos: aqueles voltados para o público adolescente e pré-adolescente, acima de 12 anos, mas não muito além dos 14. É claro que ter uma classificação indicativa baixa é sinônimo de um alcance muito maior nas bilheterias, mas o foco no espectador jovem é evidente, com longas de ação e aventura se tornando praticamente onipresentes nas salas de exibição, com seus efeitos especiais, criaturas fantásticas e heróis órfãos dominando os pôsteres nos corredores dos cinemas.

O grupo também não é dos mais originais, infelizmente: dos 38, apenas dez não são derivados de outros filmes – seja como sequência, prequel, remake ou spin-off. Entre os dez, ainda se tem uma adaptação de livro (Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros), cinco filmes baseados em quadrinhos (Os Vingadores, Pantera Negra, Aquaman, Batman: O Cavaleiro das Trevas e Capitã Marvel) e uma animação levemente inspirada num conto de fadas (Frozen). Vale notar, ainda, que mesmo roteiros que diferem bastante dos quadrinhos como Capitã Marvel e Pantera Negra são parte de franquias maiores (Vingadores, neste caso), de forma que o público já vai ao cinema conhecendo os personagens ou parte da história. Originais, mesmo, apenas Avatar, Titanic e Zootopia.

Continua após a publicidade

O motivo não é difícil de adivinhar: se as franquias e os “universos” estão tão em alta, é porque o público está muito mais disposto a pagar os altos preços das bilheterias em personagens com os quais já está familiarizado, ou porque não quer arriscar, ou porque ficou curioso para saber como continua (mas raramente termina) a história que já começou a ver. O cinema, hoje tão inconveniente para o espectador de streaming, precisa ironicamente recorrer à lógica das séries de TV para sobreviver – não àquelas que se maratona numa madrugada, mas aquelas oferecidas em conta-gotas, à moda antiga, com um episódio por semana. Ou, no caso, por ano.

Confira abaixo a lista completa de filmes com mais de 1 bilhão de dólares nas bilheterias mundiais:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.