Cantora MIA acusa VMA de racismo, sexismo e elitismo
Britânica se enfureceu após não ter sido indicada pelo vídeo da música ‘Borders’ na categoria de melhor clipe do ano
A cantora inglesa MIA acusou a premiação da MTV Video Music Awards (VMA), que divulgou seus indicados na terça-feira, de ter sido “racista, sexista, classista e elitista”. Em uma série de mensagens publicadas em seu perfil no Twitter, a cantora se enfureceu após não ter sido indicada pelo vídeo da música Borders na categoria de melhor clipe do ano.
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O vídeo, que ela mesma dirigiu, trata da crise de refugiados na Europa, mostrando grupos de pessoas apinhadas em barcos e escalando grades nas fronteiras. MIA nasceu na Inglaterra, mas seus pais são do Sri Lanka e ela chegou a morar por um período no país.
“Mia – Borders não está incluído no VMA #hahahaha Racismo, sexismo, classismo, elitismo”, escreveu a cantora. “Borders representa as pessoas de fora dos Estados Unidos. Esse é um perfeito exemplo de vozes ‘que são permitidas’ versus vozes excluídas. Até mesmo se é você quem dirige”, disse, querendo dizer que nem todas as causas humanitárias e sociais ganham visibilidade.
“Não estou aqui por ego ou para ganhar elogios, mas saiba das coisas antes de dizer artistas do resto do mundo que eles têm a mesma projeção que grandes artistas americanos, porque eles não têm”, terminou.
A lista de indicados ao VMA foi dominada por Beyoncé. Em entrevista ao jornal Evening Standard em abril, MIA criticou a cantora americana por não se posicionar sobre outros assuntos que não o ativismo negro, como o movimento Black Lives Matter. “Beyoncé e Kendrick Lamar vão dizer que Vidas Muçulmanas Importam? Ou Vidas de Sírios Importam? Ou essa criança no Paquistão importa?”, disse.