‘Breaking Bad’: a melhor série dramática já feita para a TV
Termina neste domingo a saga do professor de escola pública, diagnosticado com câncer terminal, que entrou no mundo do tráfico para salvar a família
Por Marco Túlio Pires
28 set 2013, 12h51
Veja.com Veja.com/VEJA.com
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1/33 Jesse Pinkman (Aaron Paul) na primeira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
2/33 Jesse Pinkman (Aaron Paul) e Walter White (Bryan Cranston) na terceira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
3/33 Walter White (Bryan Cranston) na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
4/33 Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul), na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
5/33 Kenny (Kevin Rankin), Jack (Michael Bowen), Todd Alquist (Jesse Plemons) e Lydia Rodarte-Quayle (Laura Fraser), na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
6/33 Skyler White (Anna Gunn) e Walter White (Bryan Cranston), na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
7/33 Mike (Jonathan Banks), Jesse Pinkman (Aaron Paul) e Walter White (Bryan Cranston), na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
8/33 Walter White (Bryan Cranston) na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
9/33 Jesse Pinkman (Aaron Paul) e Walter White (Bryan Cranston), na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
10/33 Hank Schrader (Dean Norris) e Steven Gomez (Steven Michael Quezada), na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
11/33 Old Joe (Larry Hankin), Walter White (Bryan Cranston), Jesse Pinkman (Aaron Paul) e Mike (Jonathan Banks), na quinta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
12/33 Jesse Pinkman (Aaron Paul), Mike (Jonathan Banks) e Gustavo Fring (Giancarlo Esposito), na quarta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
13/33 Jesse Pinkman (Aaron Paul) e Walter White (Bryan Cranston), na quarta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
14/33 Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul), na quarta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
15/33 Mike (Jonathan Banks) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) na quarta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
16/33 Walter White (Bryan Cranston) e Lawson (Jim Beaver), na quarta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
17/33 Walter White (Bryan Cranston), Mike (Jonathan Banks) e Jesse Pinkman (Aaron Paul), na quarta temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
18/33 Walter White (Bryan Cranston) na terceira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
19/33 Os Primos (Daniel Moncada and Luis Moncada) na terceira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
20/33 Walter White (Bryan Cranston), Old Joe (Larry Hankin) e Jesse Pinkman (Aaron Paul), na terceira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
21/33 Walter White (Bryan Cranston) e Carmen (Carmen Serano) na terceira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
22/33 Walter White (Bryan Cranston) na terceira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
23/33 Juan Bolsa (Javier Grajeda), Tio (Mark Margolis) e os primos (Luis Moncada and Daniel Moncada), na terceira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
24/33 Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) na segunda temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
25/33 Tuco Salamanca (Raymond Cruz), Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul), na segunda temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
26/33 Walter White (Bryan Cranston) na segunda temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
27/33 Jesse Pinkman (Aaron Paul) e Jane (Krysten Ritter), na segunda temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
28/33 Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) na segunda temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
29/33 Walter White (Bryan Cranston) na primeira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
30/33 Walter White (Bryan Cranston) na primeira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
31/33 Walter White (Bryan Cranston) na primeira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
32/33 Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) na primeira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
33/33 Walter White (Bryan Cranston) na primeira temporada de Breaking Bad (Divulgação/VEJA)
Esposa grávida. Um filho com paralisia cerebral. Dois empregos — professor de escola pública e limpador de carros — que mal pagam as contas. Respeitando a máxima de que tudo pode ficar pior, à beira dos 50 anos, um diagnóstico de câncer no pulmão. Os médicos lhe dão, no máximo, seis meses de vida. Com os bolsos vazios e sem poupança que possa garantir os estudos dos filhos e segurança à mulher…. É com esse cenário desolador, aparentemente sem saída, que os primeiros episódios de Breaking Bad, a melhor série drámatica já produzida para a TV, lançam a incômoda provocação: e se fosse você no lugar do personagem principal, Walter White?
Neste domingo, depois de cinco impactantes temporadas, mais de oito milhões de americanos devem conferir o desfecho dessa história. No Brasil, o primeiro episódio da última temporada vai ao ar no dia 4 de outubro e a série termina no dia 17 de janeiro, pelo canal AXN, que não divulga a audiência da série no país. Mesmo sem ter um público muito expressivo – média de 2,35 milhões, nos EUA, enquanto NCIS, por exemplo, teve 21,6 milhões de telespectadores entre 2012 e 2013 -, nem o maior número de prêmios – Breaking Bad levou dez Emmys, incluindo o de melhor série em 2013, enquanto Família Soprano somou 21 estatuetas -, é possível dizer que a saga do senhor White inovou em tantas frentes que pode aceitar sem embaraço o título de ‘a melhor de todas’.
Criada por Vince Gilligan, autor do clássico de ficção científica Arquivo-X, Breaking Bad introduziu e construiu minuciosamente um protagonista nunca antes visto em séries de TV. Manteve-se fiel à sua estrutura de enredo, como as grandes obras da literatura. Sobreviveu e prosperou na era das telas conectadas e dos serviços sob demanda, como o Netflix. Quebrou recordes e incitou a inveja, saudável, em tubarões do showbusiness. Assim, Breaking Bad supera, sem dúvidas, titãs do gênero como a própria Família Soprano e A Escuta (The Wire), duas séries que marcaram época na TV americana, embora a segunda não tenha tido muita repercussão no Brasil.
Da TV à internet – Em tempos de múltiplas telas conectadas, em que a disputa pela atenção do espectador passa por um vaivém frenético entre redes sociais, canais de televisão e sites, Breaking Bad fisgou a todos com uma mistura antes vista apenas em grandes obras da literatura e do cinema. Enquanto a maioria das séries de TV começa sem saber onde vai parar, dependentes do humor implacável da audiência, Breaking Bad teve início, meio e fim definidos desde o primeiro dia. Seus criadores tiveram a coragem, e a sagacidade, de seguir o plano original, construindo tijolo por tijolo uma história convincente e angustiante, que pega o telespectador pela gola e o obriga a assistir a cada episódio com frequência religiosa. Breaking Bad não teve o destino de tantas séries que foram canceladas antes de florescer, como Firefly, muito menos teve seu prazo de validade prolongado – e por consequência uma queda brutal de qualidade – por fazer sucesso demais, como Prison Break. Não. Breaking Bad caminha para um pouso perfeito.
Outro fator que coloca essa série acima das demais é a proposta original de seus criadores para o protagonista Walter White (Bryan Cranston). Vince Gilligan queria um heroi diferente nas telas americanas. Nada do mocinho que tem suas oportunidades reconfiguradas ao fim de cada episódio ou temporada. Nada do herói linear que, apesar de suas contradições, sempre encontrará a redenção em algum momento, a luz no fim do túnel que tirará sorrisos e aprovações da audiência. O protagonista de Breaking Bad é como qualquer ser humano, sujeito às mesmas armadilhas da vida que podem corromper ou elevar. No caso, White começa como um anti-herói com o qual todos conseguem se relacionar e termina como um vilão impiedoso e desprezível que se desconstrói moral e emocionalmente.
Para fins de comparação, em Família Soprano, a primeira série que estendeu tapete vermelho ao anti-herói, Tony Soprano era um homem nascido no crime organizado. Vinha de uma família de mafiosos e, sem muita escolha, seguiu o que se esperava dele: assumiu o comando dos “negócios”. Matava, mandava matar, e discutia tudo por metáforas nas sessões de terapia. Passou sete temporadas equilibrando a vida entre os papéis de chefe de família e chefe do crime em New Jersey, onde morava. Em última análise, foi o mesmo até o fim. O personagem Walter White, foi além. Ele embarcou em uma jornada épica. Começou como homem comum e acabou monstro. A mensagem da série, por meio de seu protagonista, é a de que determinadas escolhas levam a uma intensa, dolorosa e inevitável transformação.
1/23 Na primeira temporada da série, Walter White (Bryan Cranston) é apenas um professor de química em um colegial de Albuquerque, Novo México. Meio frustrado, é verdade, mas aparentemente feliz com sua vida (Divulgação/VEJA)
2/23 Para completar a renda de sua família, ele também tem um segundo emprego em um lava-rápido, onde detesta seu chefe, Bogdan Wolynetz (Marius Stan) (Divulgação/VEJA)
3/23 Mas tudo muda quando ele descobre que tem câncer e não vai conseguir mais prover sua família. Walt, então, começa a cozinhar “crystal meth” com um ex-aluno seu, Jesse Pinkman (Aaron Paul), para faturar muito dinheiro em pouco tempo. Ele diz que precisa de pouco mais de 700.000 dólares para deixar para a família (Divulgação/VEJA)
4/23 Walt e Jesse tentam vender a droga para o traficante Krazy-8 (Max Arciniega), que fica irritado e ameaça matá-los. Mas Walt tranca o traficante e o primo dentro do trailer que usam como laboratório e os sufoca com gás. É o começo da transformação de Walter White (Divulgação/VEJA)
5/23 Quando Walt faz quimioterapia e seus cabelos começam a cair, ele raspa o restante e fica careca, dando início a uma transformação também visual do personagem (Divulgação/VEJA)
6/23 Walt e Jesse conhecem o doidão Tuco Salamanca (Raymond Cruz), que passa a distribuir a droga que eles produzem. É para ele que White se apresenta pela primeira vez como Heisenberg. A parceria não dura muito e Tuco é morto pelo cunhado de Walt, Hank Schrader (Dean Norris), que ainda não desconfia da participação de White (Divulgação/VEJA)
7/23 A segunda parte da transformação visual de Walt é o chapéu de feltro adotado pelo personagem quando ele quer se passar por Heisenberg, em um estilo que lembra o de criminosos interpretados por Gene Hackman e Robert de Niro nos filmes ‘Operação França’, de William Friedkin, e ‘Caminhos Perigosos’, de Martin Scorsese, respectivamente (Divulgação/VEJA)
8/23 Outra cena que marca a transformação de White é quando, na segunda temporada, ele incentiva o filho adolescente, Walter Jr. (RJ Mitte), a tomar bebida alcoólica. Ele havia descoberto que a quimioterapia funcionou e seu câncer estava em remissão, e que, portanto, ele não morreria antes que sua família descobrisse seus crimes (Divulgação/VEJA)
9/23 Um dos atos mais chocantes de Walt durante a série acontece nessa época, quando ele vê a namorada de Jesse, Jane Margolis (Krysten Ritter), ter uma overdose e sufocar com o próprio vômito, e a deixa morrer de propósito porque acha que ela leva Jesse para o mau caminho (Divulgação/VEJA)
10/23 Outro dos atos mais chocantes de Walt na série é quando ele dissolve corpos de pessoas que ele ou seus colegas mataram em um tipo de ácido (Divulgação/VEJA)
11/23 Ele também vira especialista em extrair ricina, um veneno da semente de mamona, que quase passa toda a série sem ser usado. No entanto, em outra de suas ações chocantes, ele envenena Brock (Ian Posada), filho da nova namorada de Jesse, Andrea (Emily Rios), com uma planta chamada lírio-do-vale – o menino quase morre (Divulgação/VEJA)
12/23 A maior transformação de White vem quando ele conhece Gustavo Fring (Giancarlo Esposito), empresário que usa a rede de fast-food Los Pollos Hermanos para um grande esquema de drogas. Ele e White são parecidos: levam vidas duplas e “se escondem à plena vista”, como diz Fring (Divulgação/VEJA)
13/23 Mas a parceria com Fring logo começa a azedar. Ele e White começam a ter problemas depois que White mata seu colega de laboratório, Gale Boetticher (David Costabile), na terceira temporada, e Fring ameaça matar Hank, que está na cola dele. É aí que White decide que tem de fazer uma escolha: ou ele ou Fring (Divulgação/VEJA)
14/23 Na quarta temporada, ele ajuda Hank a espionar Fring e consegue sabotar a investigação, ganhando algum tempo (Divulgação/VEJA)
15/23 Sabendo que está correndo perigo de vida, White compra uma arma ilegal, fazendo sua transição de vez para o mundo do crime. Pouco tempo depois, ele mata Fring em uma explosão na quarta temporada (Divulgação/VEJA)
16/23 White questiona sua vida no crime em alguns momentos na série. O maior deles é quando sua mulher, Skyler (Anna Gunn), o deixa após descobrir sua vida dupla (Divulgação/VEJA)
17/23 Ele chega a pensar em desistir de tudo e queimar todo o dinheiro que ganhou. Afinal, a ideia inicial era conseguir prover para sua família. Mas desiste (Divulgação/VEJA)
18/23 As dúvidas duram pouco e ele logo volta a trabalhar no crime, dessa vez, montando uma parceria entre ele, Jesse e Mike Ehrmantraut (Jonathan Banks), ex-capanga de Gus Fring, no início da primeira parte da quinta temporada (Divulgação/VEJA)
19/23 A essa altura da série, White já voltou a morar com a mulher, Skyler, que já sabe de tudo. Ele passa a não esconder mais nada dela, e até leva Jesse para jantar com eles um dia. Ela, claro, não fica feliz (Divulgação/VEJA)
20/23 A mulher, no entanto, acaba ajudando o marido a encobertar suas atividades criminosas, e até o ajuda a lavar o dinheiro ganho com o tráfico. Para isso, na quarta temporada eles compram o lava-rápido no qual Walt trabalhava no começo da série. Walt se torna extremamente ambicioso, e acaba ganhando muito mais dinheiro do que precisava -- o suficiente para dezenas de gerações, como diz Skyler em um episódio (Divulgação/VEJA)
21/23 À medida que outros criminosos vão deixando a série, Walt não hesita em se envolver cada vez com tipos piores, como é o caso do tio ex-presidiário de Todd (Jesse Plemons), Jack (Michael Bowen), que tem um papel fundamental na quinta temporada (Divulgação/VEJA)
22/23 Nos episódios mais recentes, Walt já está tão acostumado com o crime que mata Mike Ehrmantraut quase sem querer, também na quinta temporada. No entanto, se sente culpado e pede desculpas a Mike antes de ele morrer (Divulgação/VEJA)
23/23 No penúltimo episódio, que foi ao ar no domingo passado nos Estados Unidos, Walt mudou seu nome para Sr. Lambert e passou meses escondido em uma cabana na floresta, onde fez quimioterapia sozinho. Ele aparece bem mais magro – tanto que sua aliança cai do dedo – e bastante envelhecido, dando a entender que sua saúde não anda bem (Divulgação/VEJA)
O químico e o monstro – White é um químico frustrado, professor do ensino médio, de temperamento pacato, tímido, passivo. Arrasta suas aulas para alunos desinteressados da mesma forma que aceita o entrosamento de seu filho adolescente com o tio, não com ele. Aceita, não questiona, não disputa. Com o diagnóstico de câncer do pulmão e a perspectiva de poucos meses de vida, ele decide que a única saída para deixar a família em segurança é “chutar o balde” (expressão que seria tradução possível para o nome da série). Ele procura por um ex-aluno, Jesse Pinkman (Aaron Paul), pequeno traficante cujo único talento é o de meter-se em confusão, para propor uma parceria. Com seus conhecimentos de química, White sabe que pode produzir metanfetamina potente, só precisa de alguém que a faça chegar até os usuários. Os dois começam a trabalhar juntos. A partir daí, uma decisão atrás da outra leva White para o oposto da vida que ele vivera até então.
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O personagem muda na mesma proporção que a empatia do espectador por ele. Se no começo é fácil justificar suas atitudes, com o passar dos episódios surge um sentimento quase de constrangimento por tê-lo apoiado. Estar no centro de um fabuloso império de drogas obriga a ser desleal, trair, mentir e matar – inclusive crianças, se for o caso.
Nova era na TV – A audiência nas primeiras temporadas não foi lá essas coisas, com média de 1,6 milhão de telespectadores por episódio nos Estados Unidos. The Big Bang Theory, uma das mais assistidas nos EUA, teve 18 milhões de telespectadores em 2012. O sucesso veio aos poucos.
Lançada em 2008, Breaking Bad solidificou sua base de fãs em um modelo até então inexistente. A forma como se consome conteúdo televisivo e cinematográfico mudou muito nos últimos poucos anos. Acabou o tempo em que os telespectadores eram reféns das grades de programação. Hoje, com uma conta no Netflix ou qualquer outro serviço sob demanda é possível assistir a uma série no seu tempo, no seu ritmo.
O próprio Gilligan admitiu que o boca-a-boca e o Netflix foram fundamentais para permitir que as pessoas alcançassem os episódios mais recentes de Breaking Bad. “A TV mudou nesses últimos seis anos”, disse ele a jornalistas depois de ter levado o Emmy para casa, no dia 22. “Acredito que serviços como Netflix nos mantiveram no ar, caso contrário não teríamos passado da segunda temporada. Trata-se de uma nova era na televisão e tivemos a felicidade de tirar vantagem desses novos benefícios.”
Para quem ainda não está convencido do inevitável legado que Breaking Bad deixará depois deste domingo, basta olhar para o impacto que a série vem causando. O site MetaCritic.com, um sistema que reúne críticas da imprensa e de fãs e ranqueia séries, filmes, músicas e jogos, deu à quinta temporada da série a inédita nota 99/100. Isso colocou-a no Guinness Book, o livro dos recordes.
George R. R. Martin, autor de Game of Thrones, série da HBO famosa pela violência e crueldade de seus personagens, escreveu em seu blog que Walter White é um monstro maior do que qualquer um em Westeros (o mundo que criou para sua história de fantasia). “Preciso tomar alguma atitude em relação a isso”, escreveu o autor, indicando que poderia mudar cenas futuras de Game of Thrones por causa da experiência que teve ao assistir a Breaking Bad.
Fácil entender então que 21 veículos americanos, incluindo The New Yorker, People, USA Today e The Hollywood Reporter, tenham dado nota máxima à série. O frenesi dos críticos mostra um padrão há muito tempo ausente do showbusiness. Reforça a ideia de que Breaking Bad conquistou um lugar especial na teledramaturgia mundial. Mas falta ainda o último tijolo, a última peça do quebra-cabeça meticulosamente armado pelos criadores. No próximo domingo, milhões de pessoas descobrirão o destino de Walter White. Breaking Bad tem todos os requisitos para terminar em grande estilo – e selar seu status como obra de arte.
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