‘Brasil é meu palco favorito’, diz Joss Stone em SP
Apesar da declaração de amor, cantora evitou rasgação de seda clichê e privilegiou a música em apresentação de 1h30 no Credicard Hall, onde atendeu a pedido de fãs e abriu sua nova turnê no país, que segue para BH, Rio e Floripa
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12 nov 2012, 08h56
Nada de castelos medievais, ovos gigantes ou dançarinos superproduzidos. Enquanto Lady Gaga fazia o seu espetáculo no Estádio do Morumbi, em São Paulo, a inglesa Joss Stone abria sua turnê no Brasil, no Credicard Hall, de um jeito mais modesto. Em show menos focado em pirotecnia do que em música, a cantora protagonizou até um episódio raro em shows internacionais: ela atendeu um pedido dos fãs e tocou Karma, hit do álbum LP1 (2011) que era pedido aos gritos. “Nós não ensaiamos essa, acho que vai sair meio ruim”, disse à plateia. Apesar do aviso, a canção levou os fãs à loucura. Assim como a declaração de amor feita pela britânica ao país. “O Brasil é o meu lugar favorito para tocar”, disse, para delírio do público.
No país pela sexta vez, a cantora veio divulgar o último disco, The Soul Sessions Volume 2, o de número 6 na carreira, lançado em julho. Durante a apresentação, de cerca de uma hora e meia, ela misturou as novas canções a covers de grandes nomes do soul e seus maiores sucessos. Nas músicas menos conhecidas, o público não acompanhou a poderosa voz de Joss, mas a aperente apatia desaparecia em sucessos como Super Duper Love (Are You Diggin’ on Me) e Fell in Love With a Boy.
Marcado para as 20h, o show foi aberto com 40 minutos de atraso pela música (For God’s Sake) Give More Power to the People, cover da banda The Chi-Lites gravado por Joss no novo álbum. A cantora fez as primeiras saudações ao público e até colocou na cabeça um boné jogado pelos fãs no palco, que retirou segundos depois. “Não combina muito com o que estou usando hoje”, brincou ela, que estava de vestido lilás.
Em seguida, Joss cantou While You’re out Looking for Sugar, do grupo Honey Coney, também do The Soul Sessions Volume 2. A terceira música, You Had Me, do segundo disco, Mind, Body & Soul (2004), os fãs finalmente cantaram a plenos pulmões, emendando com um dos covers mais conhecidos de Joss, Super Duper Love, de Sugar Billy, incluso no primeiro álbum, The Soul Sessions (2003). As faixas seguintes, Stoned Out of My Mind, também dos Chi-Lites, e Teardrops, dos irmãos Womack & Womack, foram outras novidades do Soul Sessions 2.
Coro — Depois, veio Jet Lag, do disco Mind, Body & Soul. “Escrevi essa música aos 14 anos, não sei se ainda lembro da letra”, avisou, antes de começar. Caso não lembrasse, não seria um problema: Joss seria prontamente ajudada pelo público, que sabia a canção de cor e cantou junto com ela.
Big ‘Ol Game (de Colour Me Free!), Don’t Cha Wanna Ride (de Mind, Body & Soul) e Bad Habit (de Introducing Joss Stone) vieram em sequência, sem pausas. Depois, Joss emendou outras três músicas, You’ve Got the Love (de Colour Me Free!), Put Your Hands on Me e Baby Baby Baby (ambas de Introducing…).
Saiu do palco e deu espaço para que seu guitarrista, AJ Niilo, fizesse um solo com seu instrumento até voltar para cantar Fell in Love With a Boy, cover de The White Stripes incluso em The Soul Sessions. Arrancou gritos da plateia, uma “exigência” da inglesa, que queria ouvir a voz dos brasileiros. Terminou com First Taste of Hurt, de The Soul Sessions Volume 2.
Voltou para o bis e, dizendo que odiava o final dos shows, cantou Right to Be Wrong, de Mind, Body & Soul. Durante a primeira metade da música, os fãs mostraram que sabiam a letra e levaram a canção sozinhos, Joss só surgiu depois. Ao se despedir, deixou a banda no palco para tocar sozinha os últimos acordes, muito aplaudida pela plateia.
Joss ainda se apresenta em Belo Horizonte (Chevrolet Hall), no dia 13 de novembro, no Rio de Janeiro (Citibank Hall), no dia 15, e em Florianópolis (Stage Music Park), dia 17. O show em Porto Alegre, marcado para o dia 20, foi cancelado por readequação de agenda da cantora.
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