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Blocos de rua serão monitorados por dirigível com câmeras

Prefeitura vai usar imagens para monitorar impactos no trânsito e irregularidades, como foliões que urinam na rua

Por Rafael Lemos
31 jan 2012, 12h37

Os principais blocos de rua do Rio de Janeiro serão monitorados com auxílio de um dirigível no carnaval de 2012. O equipamento terá uma câmera acoplada para gravar imagens dos desfiles. O objetivo é identificar problemas nos trajetos, mensurar impactos no trânsito e ainda fiscalizar delitos, desde ocorrências graves até as mais amenas, mas combatidas com “tolerância zero”, como os foliões que urinam na rua. O anúncio foi feito nesta terça-feira, durante a apresentação do planejamento operacional da prefeitura para o período de pré-carnaval.

“Com a tecnologia que está à disposição do carnaval, elevamos o nosso nível de organização a um outro patamar”, destacou Carlos Osório, secretário municipal de Conservação.

O equipamento, que terá 10 metros de comprimento por 2,6 metros de largura, é capaz de sobrevoar os blocos por até 3 horas, a uma altura de 30 metros do solo. Ele será comandado à distância, por controle remoto. A prefeitura estuda uma maneira de transmitir as imagens em tempo real para o Centro de Operações, que já conta com 560 câmeras instaladas pela cidade.

Com base nessas imagens, foi feito um mapeamento dos trajetos dos blocos, observando detalhes como a posição da rede aérea elétrica. No ano passado, a jovem Camila Nunes, de 21 anos, morreu após cair de um trio elétrico durante o desfile de bloco Ensaio Geral, na orla de Copacabana. Ela desequilibrou-se ao tentar desviar de um fio de alta tensão e caiu de cabeça no asfalto. “Os blocos de rua foram mapeados, algo jamais feito anteriormente. É uma grande novidade. A Prefeitura está toda mobilizada com os órgãos públicos e vamos fazer um grande Carnaval. É o principal evento do nosso calendário e a estimativa é de receber pelo menos 850 mil turistas na cidade, movimentando a economia em US$ 628 milhões. Serão milhões de pessoas desfilando nos blocos de rua, então vamos trabalhar intensamente”, disse o secretário de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello.

Se a experiência nesse carnaval for satisfatória, o dirigível será usado em outros grandes eventos do Rio, como o Réveillon e até os Jogos Olímpicos de 2016. “Cada grande evento que a cidade do Rio de Janeiro faz é uma preparação para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Somos acostumados a realizar grandes eventos e sem transtornos, o que é o mais importante”, afirmou o presidente da Riotur.

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Planejamento operacional – Entre os dias 2 e 16 de fevereiro, a prefeitura estima que mais de 790 mil pessoas pulem o carnaval em 151 desfiles de blocos pela cidade. Para atender cariocas e turistas, foi montado um megaesquema. Serão disponibilizados 2.150 banheiros químicos, além de 50 contêneires ligados diretamente à rede de esgoto.

A Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) contará com efetivo de 2.097 pessoas, divididos entre guardas municipais e agentes da Seop. Eles vão reprimir os foliões que insistirem em urinar na rua e vão coibir a presença de ambulantes não autorizados. Esse ano, foram cadastrados 7.000 ambulantes.

Para a limpeza, a Comlurb mobilizará 2.170 funcionários, com o apoio de contêineres, caminhões computadores, pulverizadores, pipas d’água e varredeiras mecânicas, entre outros equipamentos. Responsáveis pela maior produção de lixo em 2011, os desfiles da Banda de Ipanema, o Cordão do Bola Preta, Simpatia é Quase Amor, Bloco da Preta, Vira Lata, Bangalafumenga, Monobloco, Suvaco de Cristo e Afroreggae terão o efetivo reforçado.

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