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Ben Kweller, o eterno garoto-prodígio do rock

Cantor americano que foi apadrinhado por líderes do Wilco e Lemonheads no começo dos anos 2000 se apresenta pela primeira vez no Brasil

Por Carol Nogueira
4 dez 2012, 08h07

No começo dos anos 2000, o músico californiano Ben Kweller era tido como uma das novas promessas da música independente. Apadrinhado por líderes de bandas influentes, como Evan Dando, do Lemonheads, e Jeff Tweedy, do Wilco, ele era chamado de “garoto prodígio” e levado debaixo das asas desses e de outros músicos para abrir os shows de suas turnês. Quase dez anos depois, ele abre nesta terça-feira, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, sua primeira turnê pelo Brasil.

A proximidade da terra natal de sua mulher, Liz, a Argentina, sempre lhe deixou com vontade de conhecer o país, sonho que ele realiza agora. “Não conheço muita coisa do Brasil. Só uma música: ‘Onda, onda, olha a onda'”, canta o artista, se divertindo com a música do grupo de axé Tchakabum, que foi sucesso no começo dos anos 2000 no Brasil. Como ele conhece a pérola? “Na Argentina, o pessoal cantava e dançava muito na época.”

Carreira – Kweller começou sua carreira já sendo incensado pela crítica especializada, logo que lançou seu disco de estreia, Sha Sha (2002), que conquistou com sua mistura de power pop e folk. Seu terceiro álbum, batizado com seu nome e lançado em 2006, foi outro que deixou a crítica apaixonada pelo garoto de longos cabelos encaracolados.

No entanto, ele nunca atingiu grandes públicos nem fez fortuna. Melhor assim, porque fica claro que Kweller só permaneceu no ramo por gostar mesmo de fazer música. Coisa que é divertida e natural para ele, como fica evidente no delicioso Go Fly a Kite, seu quinto álbum de estúdio, lançado em fevereiro deste ano, o primeiro pela sua própria gravadora. “É ótimo não ter de depender de ninguém, ser meu próprio chefe”, diz.

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E é também que seu negócio é fazer música por diversão o que ele deve provar nos shows que fará pelo Brasil. Além da apresentação em São Paulo, ele toca na quinta-feira no Imperator, no Rio de Janeiro; na sexta, no Festival Se Rasgum, em Belém; e, no sábado, no Órbita Bar, em Fortaleza. Para os fãs, os shows prometem, já que Kweller vem sozinho (sem banda) e fará apresentações acústicas, que, segundo ele, permitem uma maior flexibilidade do repertório.

Leia abaixo a entrevista com Ben Kweller.

Você sempre foi chamado de garoto prodígio, mas hoje, já não é nem mais tão garoto, nem tão novato. Como você vê sua carreira? (risos) Pois é, isso é engraçado. Mas eu diria que estou muito mais maduro hoje, e as minhas músicas transparecem isso. Já não sou mais o moleque assustado que eu era quando comecei, e casar e ser pai (ele tem dois filhos, Dorian, 6, e Judah, 2) também me deu uma nova perspectiva.

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Naquela época, você foi apadrinhado por outros músicos, como Jeff Tweedy e Evan Dando. Como é sua relação com eles hoje? Você tem vontade de fazer a mesma coisa por alguém agora? Nossa relação é ótima, devo muito ao Jeff e ao Evan. Quanto a fazer a mesma coisa, não só eu tenho vontade como já estou fazendo. No mês passado, gravei com uma banda chamada Wild Child, eles são ótimos, e estão financiando seu primeiro disco no (site de financiamento coletivo) Kickstarter. Ajudem eles!

Esta será sua primeira vez no Brasil. Você tem ideia do que esperar? Como será o repertório dos shows? Estou animado. Não conheço o Brasil, já fui para a Argentina, porque a minha mulher é de lá. Geralmente, não consigo ficar muito animado antes de ir tocar em outro país, porque o tempo é tão curto que eu não consigo fazer nada além de tocar. Mas espero que tenha tempo de conhecer as cidades por onde passar. Quanto ao repertório, acho que vai misturar coisas de todos os meus discos. Estou indo sozinho, então farei shows acústicos, que me dão mais liberdade para tocar o que quiser e o que os fãs pedirem.

Seu último disco, Go Fly a Kite, saiu em março. Como você o descreveria e como foi lançá-lo pela sua própria gravadora? Foi ótimo. Queria misturar um pouco de tudo o que eu já fiz, então o disco tem tanto pop quanto rock. E é muito bom não depender de ninguém, ser seu próprio chefe. Ganhar dinheiro é sempre um desafio, por exemplo, ainda não sei como vou distribuir o meu disco em lugares como a América do Sul. Você conhece alguém? (risos)

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