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Além de Hollywood: filmes da Europa e Oriente Médio para ver no Globoplay

Do multipremiado 'Amor' ao primeiro filme rodado na Arábia Saudita, conheça as pérolas escondidas no streaming para explorar novos ares cinematográficos

Por Amanda Capuano Atualizado em 14 jul 2020, 10h05 - Publicado em 14 jul 2020, 09h52

Nem só de blockbusters hollywoodianos vive o cinema, embora estes sejam imbátiveis em bilheteria. Também não é fácil romper as fronteiras cinematográficas americanas, já que os filmes estrangeiros, muitas vezes, são renegados ao cenário alternativo e raramente ganham exibições nas grandes redes brasileiras. Aos amantes do cinema que desejam explorar novos terrenos, uma dica preciosa: o Globoplay está com um catálogo recheado de pérolas da Europa e do Oriente Médio. Confira sete produções disponíveis no streaming para fugir da onipresença de Hollywood:

Amor

Países de Origem: Áustria, França e Alemanha
Aclamado com a estatueta de Melhor filme Estrangeiro no Oscar em 2013, e grande vencedor do César – principal premiação do cinema francês – no mesmo ano, Amor é uma obra obrigatória aos amantes dos dramas emocionais do cotidiano.  No longa do austríaco  Michael Haneke, um casal de idosos aposentados – Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), ambos ex-professores de música – vive confortavelmente em um apartamento em Paris. A rotina do casal é tranquila, até que um derrame paralisa metade do corpo de Anne, deixando-a dependente do marido. Daí em diante, a história embarca em uma jornada emocionante de devoção e, como o próprio nome indica, de amor em sua forma mais sincera.

Toni Erdmann

País de Origem: Alemanha
O sessentão Winfried Conradi (Peter Simonischek) é um ator fracassado, professor de música. Durante boa parte de sua vida, é também um pai ausente para  Inês, sua única filha – que,  ao contrário do “espírito livre” proclamado pelo pai, é uma mulher ‘engomadinha” e reconhecida estrategista do ramo corporativo. Na tentativa de recuperar o tempo perdido com a herdeira, Conradi vai atrás de Inês, mas percebe que não há espaço para ele em sua rotina atarefada. Para contornar a situação, ele cria Toni Erdmann, o alter-ego que dá título ao longa alemão – eleito o melhor filme de 2016 pela prestigiada revista francesa Cahiers du Cinéma – e infiltra-se no mundo corporativo trajando uma peruca horrenda, dentes estranhos e um terno velho. Daí em diante, os dois embarcam em uma jornada de autodescoberta guiada por um humor tragicômico peculiar, que aproxima mundos aparentemente muito distantes, mas parecidos em sua essência. 

Taxi Teerã

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País de Origem: Irã
Durante 80 minutos, o cineasta iraniano Jafar Panahi assume o volante de um Táxi pelas ruas de Teerã, onde uma sucessão de moradores entra e sai de seu carro, deixando nele todo tipo de histórias e questionamentos sobre a sociedade do país do Oriente Médio. Os passageiros, porém, não são aleatórios. Todos os que passam por seu Táxi estão, de alguma forma, interpretando um papel, cujo objetivo final é usar da pluralidade para expor um cenário no qual não se acha ninguém que esteja nos conformes do regime islâmico – nem mesmo as pessoas que se dizem a favor dele. Lançado em 2015, o longa foi gravado na ilegalidade, já que o cineasta foi condenado por propaganda anti-regime ainda em 2010. Desde então, Panahi está banido do cinema por um período de 20 anos. Mesmo assim, bateu 18 concorrentes e levou para casa o prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) do Festival de Berlim.

O Passado

Países de Origem: Irã, França e Bélgica
O longa do oscarizado Asghar Farhadi, vencedor da categoria de Melhor Filme Estrangeiro em 2012 com A Separação, também coloca um rompimento no centro da narrativa, que desenrola discussões sobre culpa e revelações profundas sobre a família que protagoniza a trama. Na história, o iraniano Ahmad (Ali Mosaffa) volta à França depois de quatro anos para assinar o divórcio de Marie (Bérénice Bejo, de O Artista). De volta à casa, encontra a mulher, mãe de dois filhos de outro casamento, grávida do namorado, que também tem um filho de um casamento anterior, e a ex-esposa em coma depois de uma tentativa de suicídio. Obrigados a conviver debaixo do mesmo teto, a família de composição nada convencional revive aos poucos ressentimentos antigos sob o ponto de vista de cada um dos personagens, sem uma delimitação clara.

Acima das Nuvens

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Países de Origem: França, Alemanha e Suíça
Depois de perder seu mentor no teatro, a bem-sucedida atriz Maria Enders (Juliette Binoche) é convidada a reinterpretar a peça, de autoria do falecido, que a lançou ao estrelato. Com a diferença de que na nova montagem a artista dará vida a uma personagem mais velha, enquanto a jovem estrela Jo-Ann Ellis (Chloë Moretz) assume seu antigo papel. Embora atormentada por dúvidas, ela aceita o desafio e resolve preparar-se em uma espécie de retiro na casa do autor nos Alpes Suíços ao lado de sua assistente, interpretada com louvor por Kristen Stewart, que em nada lembra a performance apática como Bella Swan em Crepúsculo. Por meio das três mulheres, o cineasta francês Olivier Assayas costura nas entrelinhas uma trama que mergulha no universo de Hollywood e na glorificação da figura das atrizes, contrastando o velho e novo, o auge e a decadência. e os conflitos do envelhecimento.

O Sonho de Wadjda

País de Origem: Arábia Saudita
Lançado em 2012 e dirigido pela saudita Haifaa al-Mansour, o longa foi o primeiro a ser inteiramente filmado na Arábia Saudita, e foi premiado em festivais como os de Veneza, Roterdã e Abu Dhabi. A história acompanha Wadja (Waad Mohammed), uma jovem de 10 anos que tem o sonho de comprar uma bicicleta, mas é constantemente lembrada de que isso não é permitido às mulheres. A menina ainda é uma exímia colecionadora de objetos “ilegais”, como fitas cassetes de rock’n roll (“músicas malignas), tênis com os cadarços coloridos e pulseiras de times de futebol. Por meio da criança, a cineasta expõe com sensibilidade as limitações impostas às mulheres sauditas, em uma narrativa digna de comover até os ditos “corações de pedra”.

Garotas

País de Origem: França
Tempos após fazer sucesso com Tomboy, a francesa Céline Sciamma voltou suas lentes para o subúrbio negro de Paris. Em Garotas, a protagonista Marieme (Karidja Touré) mora com a mãe e as irmãs, e sofre com agressões constantes do irmão. Em uma tentativa de libertar-se da vida de proibições e medo, a jovem forma uma espécie de gangue com outras três amigas. A partir daí, passa a atender por Vic e começa a trabalhar com um traficante que coloca-a em uma situação ainda mais angustiante do que a em que sempre viveu. Através das meninas, a diretora evidencia os perigos do racismo e do machismo, que leva as garotas a embrenharem-se cada vez mais fundo por  caminhos perigosos.

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