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Agora as mulheres podem dizer ‘chega’, afirma atriz de ‘Homeland’

Elizabeth Marvel comenta movimentos contra o assédio e o machismo e fala sobre a sétima temporada da série, em que interpreta a presidente dos EUA

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 fev 2018, 10h23

A atriz Elizabeth Marvel tem experiência com papeis políticos. Ela atuou em três temporadas em House of Cards como a promotora e depois pré-candidata a presidente americana Heather Dunbar, e hoje é a presidente americana Elizabeth Keane na série Homeland. A produção da Netflix se viu no meio de uma controvérsia no final do ano passado após a eclosão de acusações de assédio e abuso sexual pesarem sobre o protagonista do seriado, Kevin Spacey. A atriz não comenta o caso nem a demissão do colega, mas avalia como positivo o atual cenário para as mulheres, com a criação de movimentos como o Time’s Up e o #MeToo. “Estamos vivendo em um momento em que podemos dizer: ‘Chega’. Não precisamos mais tolerar nada”, diz durante conferência com jornalistas de que VEJA participou. “Ainda há uma estrada muito longa a percorrer, qualquer mudança cultural demanda tempo, mas sinto que ela já começou e isso é animador.”

Elizabeth comemora o fato de interpretar a residente da Casa Branca em Homeland, que estreou sua sétima temporada na madrugada do último dia 11, no canal pago Fox Premium. “É importante estar vivendo uma presidente mulher neste momento, ainda mais porque temos como chefe de governo uma pessoa que é muito desrespeitosa com as mulheres”, diz, em referência ao presidente Donald Trump, acusado de assédio e abuso sexual por várias. “Tenho um filho pequeno e fico feliz de poder mostrar esse tipo de força feminina para ele. Especialmente agora, que as crianças são tão influenciadas pela mídia e pelo entretenimento, acho que temos um novo nível de responsabilidade com as nossas mensagens.”

Após os acontecimentos da sexta temporada da série, quando sua personagem foi alvo de uma tentativa de assassinato e começou uma caça às bruxas contra quaisquer pessoas que pudessem estar minimamente envolvidas com o atentado – inclusive agentes de inteligência americanos –, choveram comparações da crítica especializada entre a presidente Keane e Trump, que já desacreditou as agências do próprio país mais de uma vez desde que assumiu o posto. Elizabeth enxerga paralelos, mas não se empolga com a comparação. “Acho a comparação com Trump redutora, mas entendo por que ela está sendo feita. São duas personalidades movidas pela paranoia”, diz.

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Ela considera, porém, a paranoia de Keane válida. “Realmente há pessoas querendo pegá-la. Então, algumas de suas ações são justificadas por causa das circunstâncias”, afirma. “Por outro lado, ela está em uma posição de grande poder e a virada para a tirania pode ser muito sutil. Mas ela tem compromisso com o serviço público. Ela tem consciência sobre servir a nação e não é movida apenas por ego ou interesses pessoais. Há perigos e ela comete muitos erros, mas olha para o bem comum.”

Na sétima temporada, a relação de Keane com Carrie Mathison, a protagonista interpretada por Claire Danes, vai existir, mas elas não vão se encontrar o tempo inteiro, diz Elizabeth. “A relação com Carrie é um labirinto muito complicado que dá muitas voltas nessa temporada. O relacionamento continua sendo dominante, importante. Nossos caminhos não se cruzam muitas vezes, mas no fim das contas tudo depende desse relacionamento.”

A atriz Elizabeth Marvel e Claire Danes na série Homeland (//Divulgação)
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