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‘A Hora e a Vez de Augusto Matraga’ vence o Festival do Rio

Por André Gomes, do Rio de Janeiro
18 out 2011, 23h15

O longa A Hora e a Vez de Augusto Matraga foi o grande vencedor do Festival do Rio. Baseado na obra de Guimarães Rosa, o filme ganhou os prêmios de melhor longa-metragem de ficção, melhor ator (João Miguel), melhor ator coadjuvante (José Wilker), especial do júri (Chico Anysio) e o de melhor longa-metragem no voto popular.

O prêmio de melhor direção foi para Karim Ainouz por seu trabalho em O Abismo Prateado. “Estou feliz e orgulhoso porque hoje só deu Ceará”, brincou o produtor Luiz Carlos Barreto, que entregou o Troféu Redentor ao diretor, nascido em Fortaleza, fazendo referencia a José Wilker (de Juazeiro do Norte) e a Chico Anysio (de Maranguape).

Um momento emocionante da noite foi quando Camila Pitanga subiu ao palco para ser homenageada como melhor atriz, pela atuação em Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios. “Eu me sinto parte da família do cinema antes mesmo de ter nascido, pois sou filha de Antonio Pitanga”, disse a atriz. Chorando muito, ela agradeceu à mãe, Vera Manhães, e aos filhos.

O prêmio de melhor atriz coadjuvante foi para Maria Luísa Mendonça, no filme Amanhã Nunca Mais, do diretor publicitário Tadeu Jungle. Como não estava na plateia, o troféu foi recebido por Lázaro Ramos, seu companheiro de elenco. Na frente do público, o ator telefonou para a vencedora, que estava em São Paulo, e colocou o aparelho celular em frente ao microfone para que ela pudesse agradecer de própria voz.

Balanço – O Festival do Rio chegou ao final na noite desta terça-feira confirmado como a maior e mais diversificada mostra de filmes da América Latina e, também, como vítima de seu gigantismo. Nesta 13ª edição da maratona carioca, repetiram-se falhas no sistema eletrônico de legendagem, atrasos descomunais nas sessões de gala dos títulos brasileiros e sessões interrompidas por problemas técnicos. Como o circuito foi ampliado para 34 salas, esses percalços se amplificaram.

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Em 2010, o Festival do Rio registrou cerca de 250 mil espectadores. Com a ampliação do circuito – incluindo na cadeia o Cine Carioca, o cinema construído dentro da UPP do Complexo do Alemão -, espera-se que este número seja superado.

Do ponto de vista da programação, o festival conseguiu manter a tradição de oferecer um vasto painel da produção mundial e, de quebra, resgatar obras de realizadores de prestígio, como o italiano Dario Argento, o documentarista chileno Patrício Guzman, e o húngaro Béla Tarr, que ganhou o Grande Prêmio do Júri do Festival de Berlim deste ano com o filme O Cavalo de Turim. Os três foram homenageados com generosas retrospectivas de seus longas-metragens.

A lamentar, a ausência de outros títulos premiados em festivais estrangeiros – outra marca do evento carioca -, cujo lançamento comercial foi antecipado por seus distribuidores brasileiros, como foi o caso de Melancolia, de Lars Von Trier, e Meia-Noite em Paris, de Woody Allen, que estiveram em Cannes (maio), ou se comprometeram com outros festivais nacionais, como Fausto, do russo Alexander Sokurov, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, realizado em setembro.

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