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‘A Entidade 2’ cria expectativa, mas falha ao cair no clichê

Filme volta a explorar a dominação demoníaca de Bagul, entidade que teria origem babilônica, sobre crianças assassinas

Por Henrique Castro
5 set 2015, 11h51

O longa A Entidade 2, dirigido por Ciarán Foy, traz de volta aos cinemas o demônio de origem babilônica Bagul, que se apodera de almas infantis para que elas matem sob o seu comando. A presença do monstro mitológico é um diferencial do filme, por criar uma história um tanto mais atraente do que os terrores em geral, calcados em antagonistas rasos, que parecem existir apenas para dar susto nos personagens. Apesar disso, A Entidade 2 não foge de vários clichês que no fim tornam o longa apenas mais um entre tantos do gênero – e que gênero fecundo, para o bem e para o mal…

Além de Bagul, poucas coisas conectam o primeiro filme da franquia e sua sequência. No novo longa, assim como no anterior, têm destaque os vídeos que os próprios assassinos fazem de seus crimes brutais, a mando do demônio. Cenas desses filmes caseiros são projetadas pelos garotos dominados por Bagul em uma tentativa de lobotomizar outro menino, que eles querem convencer a matar a própria família. O novo filme tem ainda outro elemento do primeiro: o detetive particular vivido por James Ransone, que no primeiro figura como policial assistente e agora tem a chance de ser a estrela da produção.

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A trama gira em torno de Courtney (Shannyn Sossamon) e seus dois filhos gêmeos, Dylan (Robert Daniel Sloan) e Zach (Dartanian Sloan). Depois de sofrer abuso físico do marido, Clint (Lea Coco), ela se muda com os meninos para uma casa abandonada. Seguindo a linha batida de inúmeros filmes de terror, a residência está em uma região que, além de deserta, acaba de vivenciar um assassinato. Dylan passa a ter pesadelos recorrentes e, ao acordar, se depara com crianças, uma espécie de exército infantil de Bagul para alistá-lo. Ele então é levado por elas, comandadas pelo garoto Milo (Lucas Jade Zumann), para assistir a vídeos caseiros que mostram cada uma das crianças assassinando friamente suas famílias. As primeiras cenas, que apresentam o espectador à trama, se assemelham mais a um filme de suspense, com momentos tensos, principalmente diante da indecisão e do medo de Dylan de seguir as crianças e assistir às cenas.

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Os assassinatos são sempre realizados de maneira elaborada e mostrados com doses de ironia nos vídeos. Todos eles começam com a família se divertindo, e possuem títulos inocentes, como Manhã de Natal, até que a criança escolhida por Bagul para realizar a chacina encontra um jeito mirabolante para realizar o serviço. Além disso, a trilha sonora é sempre suave e agradável, contrastando com as imagens nauseantes dos vídeos. São esses os momentos mais repulsivos do longa, que chegam a se aproximar de cenas de Jogos Mortais, com assassinatos que exigem extrema frieza dos executores, envolvendo o uso de animais como ratos e crocodilos até a eletrificação das vítimas.

É esse o cenário no qual o detetive que investiga o crime, ocorrido na igreja ao lado da casa, entra em contato com a família, se envolve com a mãe e assume o papel de ajudá-los a enfrentar não apenas o demônio que assombra o local como também Clint, o pai agressivo que quer os garotos de volta e gera um drama familiar no meio do terror. A fragilidade de Dylan e as tentativas de corrompê-lo para o lado de Bagul prosseguem criando um clima de suspense, mas o filme dá uma reviravolta e é concluído como um típico terror, decepcionando mais uma vez quem esperava originalidade.

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