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4 livros que fazem literatura de primeira com humor afiado

Uma seleção de excelentes títulos nacionais e estrangeiros que provam o valor do riso nas narrativas ficcionais

Por Gabriela Caputo Atualizado em 18 Maio 2022, 12h41 - Publicado em 11 Maio 2022, 12h57

No entretenimento, o humor normalmente é identificado com filmes e séries — sejam os longas-metragens de comédia besteirol ou os famigerados seriados em formato sitcom. Mas a literatura também pode se provar uma excelente provedora de risadas, para além de narrativas densas e custosas. Confira uma seleção de títulos nacionais ou estrangeiros que, bem humoradas e dotadas de verve afiada, prendem o leitor do início ao fim:

 

O Homem Nu

O Homem Nu, de Fernando Sabino
O Homem Nu, de Fernando Sabino — (Record/Divulgação)

Publicado inicialmente em 1960, O Homem Nu reúne 40 contos e crônicas de Fernando Sabino. As temáticas se concentram sobre o cotidiano, transformado em pequenas aventuras nas mãos do escritor mineiro. Com uma escrita sagaz e divertida, e de linguagem simples, Sabino compõe narrativas ágeis e envolventes. A crônica que dá título ao livro retrata um casal que decide nunca abrir a porta por estarem endividados com um vendedor. Até que, graças a uma rajada de vento, o marido acaba trancado do lado de fora do apartamento, completamente nu. A história foi adaptada para o cinema duas vezes, em 1968 e 1997. 

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O Homem do Princípio ao Fim

O Homem do Princípio ao Fim, de Millôr Fernandes
O Homem do Princípio ao Fim, de Millôr Fernandes — (L&PM/Divulgação)

Escritor, dramaturgo e desenhista, Millôr Fernandes foi um dos grandes nomes brasileiros do humor, sobretudo gráfico, e conhecido por uma voz irônica e críticas inteligentes. De 1978, O Homem do Princípio ao Fim é uma peça teatral na qual Millôr elabora um panorama da trajetória humana e sua capacidade de criação e destruição, de Adão à bomba de hidrogênio, permeada por angústias, mesquinharias e batalhas. Trata-se ainda de uma colagem – tipo de produção desbravado por Millôr – com inserção de citações de autores como Shakespeare e Rubem Braga. 

O Vendido

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O Vendido, de Paul Beatty (tradução de Rogério Galindo; Todavia; 320 páginas; 54,90 reais ou 36 reais na versão digital)
O Vendido, de Paul Beatty — (./Divulgação)

Vencedor do prêmio britânico Man Booker Prize 2016, O Vendido é narrado por Eu, um homem nascido no subúrbio de Los Angeles que passou a juventude sendo cobaia de estudos sociológicos raciais feitos pelo próprio pai. Quando este morre em um tiroteio com a polícia, e sua cidade é ameaçada de sair do mapa por motivos político-econômicos, o narrador decide implementar uma segregação racial às avessas na tentativa de salvá-la. Através de um humor mordaz e desconcertante, Paul Beatty expõe tabus e questões caras à sociedade contemporânea – que refletem discussões raciais também visíveis na realidade brasileira.

Indígenas de Férias

Indígenas de Férias, de Thomas King
Indígenas de Férias, de Thomas King — (TAG/Divulgação)

Selecionada por Margaret Atwood para o kit de abril do Clube de livros TAG Curadoria, Indígenas de Férias acompanha a viagem do casal indígena Mimi e Bird pela Europa. Os dois seguem um itinerário a partir de cartões-postais enviados por volta de 100 anos antes por um tio de Mimi, retirado da reserva indígena para se tornar atração em um show de faroeste. O casal vai em busca de um artefato familiar levado por ele, em busca de seu paradeiro. Thomas King – que, além de escritor e ativista, é acadêmico e pesquisou narrativas orais indígenas – narra a aventura do casal com olhar divertido. Além de garantir boas risadas, o romance não deixa de lado o viés político, com críticas pertinentes acerca da violência sofrida pelos povos indígenas ao longo do tempo.

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