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Lendário avião de Amélia Earhart pode ter sido encontrado no Pacífico

Expedição explorou 13.500 km de águas profundas em uma tentativa de solucionar o mistério em torno do desaparecimento da pioneira da aviação

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h37 - Publicado em 1 fev 2024, 09h21

Um dos maiores mistérios da aviação mundial, o desaparecimento da famosa aviadora americana Amelia Earhart, pode estar mais próximo de ser desvendado. A Deep Sea Vision (DSV), uma empresa especializada em exploração de águas profundas com sede na Carolina do Sul, divulgou uma imagem que alega revelar os restos do avião de Earhart, desaparecido no Oceano Pacífico no dia 2 de julho 1937.

A expedição liderada por Tony Romeo, ex-oficial da Força Aérea dos EUA e atual CEO da DSV, utilizou tecnologia de sonar para capturar a imagem a uma profundidade de aproximadamente 5.000 metros. O local exato da descoberta está sendo mantido em sigilo pela empresa no momento, mas estima-se que o avião tenha caído no meio do caminho entre a Austrália e o Havaí.

Acredita-se que Amelia Earhart, aos 39 anos, e o navegador Fred Noonan, de 44 anos, tenham ficado sem combustível durante sua tentativa pioneira de dar a volta ao mundo em 1937. A hipótese predominante é que eles abandonaram o bimotor Lockheed Electra nas proximidades da Ilha Howland, o destino planejado na rota da épica jornada.

A imagem capturada pelo submersível não tripulado revela contornos que, segundo a DSV, refletem as características únicas da aeronave de Earhart. Tony Romeo, expressou a convicção de que aviadora pode ter feito uma tentativa de pouso suave na água, sugerindo que a assinatura da aeronave na imagem do sonar indica essa possibilidade. O explorador revelou, em entrevista à NBC News, que não há registros de outros acidentes aéreos naquela região, e menos ainda com aviões em formatos tão específicos quanto o de Earhart.

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Imagem de sonar divulgada pela DSV revela formato semelhante ao de um avião. A expectativa é que novas expedições sejam feitas a fim de revelar imagens mais claras do objeto – (Deep Sea Vision/Reprodução)
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A descoberta foi baseada na aplicação da “teoria da Linha de Data”, desenvolvida pela ex-funcionária da NASA Liz Smith em 2010, que sugere que um erro de cálculo de navegação estelar celestial pode ter ocorrido devido a um esquecimento de ajuste no calendário enquanto sobrevoavam a Linha Internacional de Data, resultando em um erro de navegação de 100 km para oeste. 

A expedição da DSV dedicou 90 dias à pesquisa, abrangendo uma área de 13.500 quilômetros quadrados no fundo do Oceano Pacífico, superando em extensão todas as pesquisas anteriores combinadas. A empresa planeja realizar mais esforços de busca para confirmar a descoberta.

No entanto, cautela é necessária, pois a imagem ainda é borrada, e a DSV planeja retornar ao local com equipamentos mais avançados, incluindo uma câmera e um veículo submersível operado remotamente, para obter imagens mais nítidas e confirmar a identidade da aeronave.

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O custo da missão até agora, atingiu a marca de US$ 11 milhões (cerca de R$ 54,4 milhões), financiados em grande parte pelo próprio Tony Romeo, que vendeu propriedades para viabilizar a expedição.

O desaparecimento de Amelia Earhart é um dos maiores enigmas da aviação, estimulando pesquisadores por décadas e inspirando uma variedade de livros, filmes e teorias. A possível descoberta dos restos do avião adicionou uma nova dimensão a essa história e poderá finalmente revelar o destino da lendária aviadora e de seu icônico Lockheed Electra.

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