PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Com exceção de uma marca, mercado de luxo enfrenta pior crise dos últimos anos

Gigantes como a LVMH e a Kering registraram grandes quedas nas receitas de suas grifes. Na contramão, a Hermès se mantém acima das expectativas

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2024, 17h29 - Publicado em 25 out 2024, 17h21

Os indícios estavam sendo mostrados há algum tempo, mas agora é oficial: a demanda por artigos de luxo caiu. A gigante LVMH, maior conglomerado do setor, divulgou os resultados do trimestre e aponta para uma queda importante da receita. As vendas das marcas do grupo caíram 3% numa base orgânica, que significam uma perda de 21 bilhões de dólares. Só a divisão de moda e itens de couro, que abriga marcas como a Louis Vuitton, Dior, Fendi e Loewe, registrou queda de 5% na receita, bem abaixo das previsões de especialistas para um crescimento de até 4%.

Outros grupos seguem na mesma toada. Nesta quinta-feira, 24, a Kering avisou que o lucro em 2024 iria cair quase pela metade, com as vendas da Gucci, principal marca do grupo francês, registrando queda de 25%. Segundo o conglomerado de luxo, o resultado em 2024 poderá ser de 2,5 milhões de euros, muito menor do que os 4,75 milhões de euros no ano anterior – baixa justificada pelo enfraquecimento da Ásia-Pacífico, onde as receitas caíram 30%.

“Estamos executando uma transformação de grande alcance no grupo, em particular na Gucci, em tempos que todo o setor do luxo enfrenta condições de mercado desfavoráveis”, afirmou François-Henri Pinault, presidente da Kering, em comunicado.

Impacto Oriental

Primeiro declínio nas vendas trimestrais desde a pandemia, os grupos apontam as dificuldades principalmente pela fraca procura na China e no Japão. Embora já fosse esperado uma baixa do mercado depois da onda de consumo pós pandemia, com consumidores ávidos pelo retorno das compras e experiências físicas, o retraimento dos mercados nessas potências asiáticas parece ter antecipado ainda mais a depressão no setor de luxo.

Continua após a publicidade

A China, por exemplo, enfrenta graves problemas de desemprego e uma enorme crise imobiliária, o que pesa nas decisões de compras, especialmente para artigos de luxo. Nem as medidas de estímulo do governo reacenderam o entusiasmo por esses produtos.

Estado de Alerta

A Guerra na Ucrânia e do Oriente Médio também contribuem para a crise no setor já que colocam o mundo e, consequentemente, a economia em estado de alerta. Assim como os preços elevados de artigos de luxo, atualmente 54% mais altos do que antes da pandemia, segundo dados do HSBC.

Continua após a publicidade

A criatividade também está em xeque. É só ver a dança das cadeiras na moda. Sob pressão criativa e comercial de, ao mesmo tempo agradar a crítica e atingir metas cada vez maiores, os designers trocam de marca como trocam de roupa. Espera-se, porém, que as receitas melhorem no quarto trimestre, com as vendas de Natal.

Na Contramão

Embora seja global, a crise não é para todos. Na contramão das quedas, a Hermès divulgou seus resultados nesta quinta-feira, 24, com alta acima das expectativas. Segundo a Hermès International, as vendas da grife aumentaram 11,3% no terceiro trimestre.

Continua após a publicidade

A explicação vem pelo fato da marca atender a clientes realmente abastados, que aguardam em filas de espera por bolsas da grife, em especial, a Birkin, objeto de desejo milionário e preferida de estrelas como Jennifer Lopez e Victoria Beckham.

De acordo com a marca, as vendas superaram as expectativas no Japão, Américas e Europa – só na França, aumentaram 13,1% no trimestre. Na China, porém, embora tenham aumentado em 1%, também registrou estimativa abaixo das previsões de crescimento.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.