Em frente ao complexo Estação das Docas, um casarão restaurado (há quem diga que data do século XVII), com a fachada de azulejos portugueses e parte das paredes originais de pedra, recebe o título de melhor endereço para beber cerveja na cidade. Por ali, funciona a fábrica da Cervejaria Cabôca, onde se produzem por mês cerca de 40 000 litros da bebida. Vendida também em supermercados locais, a maior parcela é consumida ali no mesmo imóvel, no bar grandioso de operação independente, que pode receber até 850 clientes por vez. Quem prefere tomar um copo rápido se senta no térreo ou na calçada. Mas, para uma experiência completa, vale ocupar os dois pavimentos acima, cuja disposição de mesas muda ao sabor da programação sonora. De terça a domingo, o palco recebe apresentações de MPB, rock, brega e samba — a roda de sábado é comandada por Arthur Espíndola, sambista que é sócio do bar (o couvert artístico varia de R$ 10,00 a R$ 50,00 e pode subir a depender da atração). Enquanto desfruta o som, o público curte as protagonistas da casa, extraídas de torneiras. São os chopes pilsen (R$ 9,90, 300 mililitros, e R$ 16,00, 473 mililitros), leve e fácil de tomar; o brut APA (R$ 12,50 e R$ 21,50), que refresca com uma ponta de amargor; o Tenebrosa (R$ 13,50 e R$ 21,50), black IPA seco e de sabor levemente tostado; o IPA Mirim (R$ 12,00 e R$ 20,00), amarguinho sem pesar; e o Ciclone IPA (R$ 12,50 e R$ 21,50), mais lupulado. Uma maneira de provar alguns de uma vez é pedir a régua pai d’égua (R$ 28,00), quatro chopinhos à escolha em versão menor. Para acompanhar, a lista de comidas é variada. Contempla de pratos a petiscos, como a clássica unha de caranguejo junto de maionese de chicória (R$ 52,00, quatro unidades).