Garotinha se emociona ao ganhar clips de presente. Confira o vídeo
O vídeo de uma garotinha ganhando um simples presente acendeu uma discussão sobre o valor que o ser humano dá (ou deixa de dar) para as pequenas coisas da vida. A americana Esther Anderson entregou à sua filha de 3 anos uma caixa de presente decorada que, ao invés de um brinquedo ou de uma […]

O vídeo de uma garotinha ganhando um simples presente acendeu uma discussão sobre o valor que o ser humano dá (ou deixa de dar) para as pequenas coisas da vida. A americana Esther Anderson entregou à sua filha de 3 anos uma caixa de presente decorada que, ao invés de um brinquedo ou de uma roupa, continha um único exemplar de clips de papel.
Longe de se decepcionar, a menina demonstrou surpresa e felicidade com o objeto. Em um dos momentos da gravação, ela ficou chateada por achar que o perdeu. Mas, quando o encontrou, disse: “Achei! É o meu favorito”. Segundo a descrição no início das imagens, a intenção de Esther, a mãe, ao publicar a gravação, era ver a “a gratidão a partir de uma nova perspectiva”.
Confira:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=B4lbIZtHhqA?feature=oembed&w=500&h=281%5D
Para a psicóloga e psicanalista Marianne de Toni, o vídeo levanta o questionamento de quando passamos a nos preocupar mais com o valor do que ganhamos do que com a intenção de quem nos dá. E essa mudança pode acontecer ainda durante a infância, com o aumento de publicidade direcionada para o público infantil. “As crianças também estão inseridas nesse modo de funcionamento: do discurso do mercado de consumo atuando nos processos de formação do sujeito. No caso delas e dos adolescentes, ainda em fase de desenvolvimento, a inserção no mundo do consumo passa a ter importância em sua construção de identidade”, explicou a psicóloga.
A profissional também afirmou que tais valores, na primeira infância, são transmitidos principalmente de pais para filhos. Com o passar do tempo, a influência pode vir também da escola e de outros meios que a criança frequenta. No caso do vídeo, Marianne explicou que a mãe passou para a filha o valor que ela própria atribui à ação, tornando o momento ainda mais especial
“Tudo é novo no universo da criança, ela é uma desbravadora do mundo. Porém, essa capacidade de invenção e de surpresa infantil tem sido cada vez mais substituída por brinquedos já investidos de status, que fazem com que as crianças sejam aceitas em determinados grupos. Aí, elas passam a valorizar mais o valor do objetivo, como o de um iPad, do que os sentimentos ligados a ele”, disse a psicóloga.
Como alerta, Marianne aconselhou, ainda, que os pais percebam os padrões no próprio comportamento para notar como eles influenciam seus filhos: “Olhar de forma crítica para o que estamos produzindo, desde muito cedo, nas auxilia a entender qual tipo de herança comportamental deixaremos para os pequenos. Criar com os pais os próprios brinquedos, por exemplo, é um bom, mas raro, hábito que ajuda as crianças a entender o processo de construção e, também, o de colaboração”.
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