O antídoto de Scheilla Glaser para a monotonia da música erudita
Pianista e professora de música paulistana dedica novo disco a compositores que raramente são gravados ou tocados na sala de concerto
(independente) O crítico inglês Norman Lebrecht sustenta a tese de que um dos grandes culpados da crise no mercado fonográfico erudito é o vício de se gravarem sempre as mesmas obras dos mesmos compositores. Pois Scheilla Glaser, pianista e professora de música paulistana, se opõe à mesmice que assola o meio. Peças Breves é dedicado a compositores que raramente são gravados ou tocados na sala de concerto, a começar por Clara Schumann (1819-1896), mulher do romântico Robert Schumann (1810-1856), que alternou a vida de compositora com afazeres domésticos. A delicada Vier Flüchtige Stücke foi composta nos primeiros anos de casamento de Clara. Com seu toque límpido, Scheilla acrescenta, à homenagem a Clara, obras de Smetana, Dulcken e Goetz. Belo antídoto contra a monotonia.