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Em documentário da Globo News, voluntários da vacina assumem protagonismo

Produção dirigida e narrada por Sandra Kogut vai ao ar no canal neste domingo, 1º de agosto, e também estará disponível no Globoplay

Por Amanda Capuano Atualizado em 30 jul 2021, 16h59 - Publicado em 30 jul 2021, 16h10

“Quando o país ultrapassou a marca de 5 000 mortos pela Covid, no mês de abril, o presidente disse duas palavrinhas que iam definir a política sanitária do seu governo”. A frase, narrada pela documentarista Sandra Kogut em tom dramático, aparece nos primeiros minutos de Voluntário ****1864 – Quem São os Anônimos da Vacina?, documentário que estreia no domingo, 1º de agosto, às 23h na Globo News. As palavras, ou melhor, a frase apontada por ela, como se descobre logo em seguida, é o fatídico “e daí” – disparado pelo presidente em resposta à imprensa quando questionado sobre os óbitos. Ao vídeo nada empático de Bolsonaro, seguem-se ainda uma série de outras declarações tão negacionistas e insensíveis quanto, que ajudam a entender como o Brasil se tornou o exemplo máximo a não ser seguido durante a pandemia.

Aos apoiadores do presidente, o documentário de Kogut provavelmente será reduzido a mais um “ataque” da “Globo comunista” ao “Messias”. Mas o filme passa longe de ser um mero panfleto. Embora críticas a Bolsonaro, inevitavelmente, apareçam ao longo das imagens e na boca dos próprios personagens, não é ele o protagonista da história. Aqui, quem sai da sombra e ganha o devido destaque são figuras muito mais carismáticas: uma série de voluntários que participaram dos estudos da fase 3 de vacinas como Astrazeneca e Coronavac. Foi por meio da boa vontade e, mais que isso, confiança na ciência de indivíduos como os ali retratados que as vacinas saíram dos laboratórios e hoje são motivo de esperança para a humanidade.

Para dar rosto a essas figuras, a documentarista selecionou um conjunto diverso de pessoas que toparam o desafio de virar cinegrafistas da própria vida. Durante nove meses, eles gravaram vídeos de momentos corriqueiros, como jantares em família, brincadeiras com os filhos, conversas com os pais, entre outros acontecimentos cotidianos que aproximam os voluntários do público – inclusive a celebração de um Natal pandêmico. “É um filme feito de longe, mas na intimidade do lar”, aponta a documentarista, que aparece constantemente em chamadas de vídeo com os personagens.

Para além de abrir as portas de casa para o público, os voluntários ainda apresentam ao espectador a rotina daqueles que se colocaram à disposição de cientistas para os testes da vacina: eles preenchem diários do estudos clínicos, se submetem a “cotonetadas” no nariz com frequência, lidam com medos, ansiedades e inseguranças, e aguentam olhares desconfiados daqueles que consideram loucura ser “cobaia.” Questionados sobre a motivação de se submeterem ao estudo, um elemento que ressalta entre todos é o senso de comunidade, uma preocupação admirável com o coletivo. “Eles queriam poder contar para os filhos e netos que, na hora mais difícil, estavam do lado certo da história”, analisa Kogut.

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Ao fim da produção, a simpatia pelos voluntários é tanta que a ansiedade por saber quem tomou placebo ou vacina é compartilhada com cada um deles. Em um momento de descrédito da ciência, e em que os “sommeliers de vacina” se tornaram um grupo barulhento, ainda há quem ataque cientistas por alertarem para os perigos de não se vacinar. É um alívio, e uma inspiração humanista constatar, através do belo documentário, que milhares de pessoas se ofereceram de maneira voluntária, e totalmente altruísta, à ciência. O filme de Kogut, nesse sentido, é a história ganhando rosto, e sendo contada por seus próprios heróis.

Voluntário ****1864 – Quem São os Anônimos da Vacina? estreia no domingo, primeiro de agosto,  às 23h na Globo News, e será disponibilizado no Globoplay no mesmo dia, aberto a não assinantes.

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