O conceito de “soft power” se traduz em uma influência indireta capaz de moldar desejos e preferências através da cultura, valores políticos e políticas externas. Esse é o tema norteador dos mais de 500 painéis previstos no Rio2C, o maior encontro de criatividade da América Latina, que retorna à Cidade das Artes, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, de 11 a 16 de abril. Entre alguns nomes que irão participar do evento estão: os criadores da série Dark, o cineasta Fernando Meirelles, o escritor futurista Brett King, Pam Kaufman, CEO e presidente para mercados internacionais da Paramount e a cantora Ludmilla.
“A cada edição adotamos um tema que direciona os trabalhos. Em 2023, o soft power será a nossa bússola. Trata-se de um artifício de construção de uma ideia a longo prazo, de forma subliminar. Vivemos na era da influência e o Brasil é um celeiro infinito de ativos para o uso dessa estratégia. A floresta amazônica, por exemplo, é um símbolo com enorme potencial para a construção da imagem do país, assim como a cultura e a diversidade do nosso povo. Os Estados Unidos foram provavelmente os primeiros a descobrir que através de Hollywood poderiam influenciar o mundo. Hoje vemos China, Coréia do Sul e a própria Ucrânia usando o soft power para controlar narrativas e construir suas imagens globalmente”, afirma Rafael Lazarini, idealizador, fundador e CEO do Rio2C, que no ano passado recebeu mais de 37 mil pessoas ao longo dos seis dias de evento.