Os danos de imagem irreversíveis para Daniel Alves
Especialistas comentam as perdas financeiras que jogador terá com as recentes acusações
Preso provisoriamente desde sexta-feira, 20, após ser acusado de agressão sexual por uma jovem de 23 anos no banheiro de uma boate na cidade de Barcelona, na Espanha, Daniel Alves também pode sofrer consequências com relação às marcas parceiras e futuros patrocinadores, dada a representatividade do jogador no futebol mundial. O lateral direito, que havia deixado de ser patrocinado pela Adidas no final do ano, recebia dezenas de propostas para ser parceiro de outras marcas globais de material esportivo. Atualmente, ele é embaixador do site de apostas 1xBet e sócio Brillacom, holding do mercado financeiro e de cripto. Além disso, mantém o Instituto Daniel Alves, ONG na Bahia.
Para Renê Salviano, executivo de marketing e sócio da HeatMap, agência focada em captação de patrocínios no esporte, algumas empresas já adotam esse tipo de modelo em contrato. “As marcas que patrocinam atletas e influenciadores devem sempre procurar perfis que se assemelham ‘de verdade’ aos seus valores, e não apenas analisar a força de engajamento ou exposição. No caso de uma gestão de crise, e isso pode ser previsto em contrato, imediatamente deve haver uma pausa imediata em qualquer relação comercial até que os fatos sejam apurados”, explica.
O Pumas, do México, clube em que Daniel Alves atuava, anunciou a demissão do atleta tão logo os fatos vieram à tona. Em entrevista coletiva, o presidente Leopoldo Silva declarou: “O Pumas tomou a decisão de rescindir, por justa causa, o contrato com o jogador Daniel Alves. Não podemos permitir que a conduta de uma pessoa prejudique a nossa filosofia de trabalho, que tem sido um exemplo na história do clube e para o desenvolvimento de jovens desportistas no nosso país”.
A coluna reforça ainda que, constatando que houve mesmo agressão sexual à mulher que o acusa na Justiça espanhola, a maior vítima é sempre quem sofre o crime. Este sim um trauma irreversível.