E não deu outra. Como ocorre com frequência em reuniões de escala global, esta também serviu de palco a jovens que demonstraram sua indignação em relação às desigualdades sociais e às mudanças climáticas. Quem mais sobressaiu nessa seara foi a indiana Licypriya Kangujam, 13 anos, logo comparada à sueca Greta Thunberg, agora com 21 anos, mas com a mesma zanga de antes. Licypriya não gostou nem um pouco. “Não me chamem de nova Greta. Isso é um tipo de racismo”, disparou, muito séria, em um evento paralelo ao G20. Avessa a fotos, ela, que conhece sua parceira sueca de ativismo apenas pelo noticiário, é daquelas que não estão para brincadeira. “Diziam para mim: deixe os adultos fazerem o trabalho deles. Mas, se fizessem alguma coisa, eu precisaria estar aqui?”, discursou a menina, que encerrou a semana sem seu colar de ouro, roubado por uma dupla de ladrões no Centro.
Com reportagem de Giovanna Fraguito, Mafê Firpo e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 22 de novembro de 2024, edição nº 2920