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O maior erro da TV Globo em 2022 – e por que ela já se arrepende disso

Emissora fez manobra inédita em suas produções e resultado é desalentador. As diferenças entre 'Todas as Flores' e 'Travessia'

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2022, 12h02 - Publicado em 25 out 2022, 07h00

Estreou na última quarta-feira, 19, Todas as Flores, a nova novela de João Emanuel Carneiro. Mas não na TV Globo, e sim no Globoplay. Inicialmente anunciada como sucessora de Pantanal, a trama foi remanejada para o streaming e, em seu lugar, foi posta Travessia, de Gloria Perez. A dança das cadeiras entre as telenovelas provocou uma sucessão de alterações no que já estava há tempos orquestrado na emissora – afinal, uma novela envolve centenas de pessoas na produção, muito investimento e um elenco poderoso.

Todas as Flores teve então o elenco reduzido, núcleos inteiros dizimados e até cenas já gravadas foram jogadas fora. Além disso, foi radicalmente dividida em duas partes – a segunda só estreia no primeiro semestre do próximo ano. Em paralelo, Travessia tenta conquistar o telespectador com tramas sem ação, atuações precárias (Humberto Martins canastrão e Cássia Kis estridente são apenas alguns exemplos, em se tratando de ótimos atores) e a ausência de uma vilã de peso – daquelas que fazem o público amar odiar. “Precisei ‘matar’ oito personagens e reescrever tudo. Mas tudo bem, estou satisfeito com o resultado”, disse João Emanuel à coluna. Erick Bretas, diretor do Globoplay, foi mais taxativo: “Ao invés de perguntarem por que uma novela tão boa com essa foi para o Globoplay, deveriam perguntar por que ela não iria. Temos muita coisa de qualidade”.

Com duas semanas no ar, Travessia já empurrou a audiência conquistada por Pantanal em níveis alarmantes, menos de 25 pontos. Além disso, a trama não emplaca por motivos óbvios: o texto não é dos mais inspirados de sua autora, acostumada a fazer o público vibrar na tela; a mocinha é Jade Picon, uma estreante fraquíssima e deprimente em sua atuação; e, por fim, a tentativa de utilizar linguagem seriada na edição, como uma forma de “modernizar” o formato televisivo. Em contrapartida, lá no Globoplay o público foi apresentado a um “biscoito fino”: elenco afinadíssimo e texto primoroso, daqueles que João Emanuel sabe fazer para prender o público. Regina Casé e Letícia Colin prometem cenas dignas de Avenida Brasil.

O que vai ser de Travessia, ainda é cedo para se prever. Há longos meses pela frente. Mas, ao colocar no streaming a melhor produção para que o público órfão de Pantanal continuasse a acompanhar suas novelas, a TV Globo faz um movimento arriscadíssimo – em termos de audiência e de patrocinadores. Por um lado, este é apontado como seu maior erro em termos de programação no ano. Por outro, a Globo larga na frente de outros streamings que também prometem lançar novelas em breve. Seria imperdoável para a história da maior emissora do país não marcar o pioneirismo neste novo campo a ser explorado.

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Regina Casé como Zoé na novela 'Todas as Flores', da Globo
Regina Casé como Zoé na novela Todas as Flores, da Globo (Estevam Avellar/TV Globo)
Sophie Charlotte e Regina Casé na novela 'Todas as Flores', exclusiva do Globoplay
Sophie Charlotte e Regina Casé na novela Todas as Flores, exclusiva do Globoplay (Reprodução/TV Globo)
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