Em alguns momentos, os estresses e fissuras entre as vinte nações mais ricas do mundo, reunidas no G20, encontro que inundou o Rio de Janeiro de autoridades nos dias 18 e 19 de novembro, cessaram — sobretudo quando elas deram de circular pelos cartões-postais da cidade. Sem nunca deixar o salto alto, física e metaforicamente, Giorgia Meloni, 47 anos, fez questão de ir ao Cristo Redentor com a filha, de 7. A conservadora primeira-ministra da Itália, expoente da extrema direita europeia, não se apequenou diante da imensa estátua, que adorou, nem tampouco mais tarde, no aperto de mão com o presidente Lula — ele, parecendo um gigante com seu 1,68 metro diante do 1,50 metro dela (prato cheio, aliás, para os humoristas de seu país). Sem baixar o tom, Meloni aproveitou para elogiar o colega de espectro ideológico Elon Musk, agora no governo de Donald Trump. “Ele já forçou a esquerda a reivindicar a soberania nacional, algo mais difícil do que chegar a Marte”, disse (sem citar nomes), prometendo regressar ao Brasil no ano que vem.
Com reportagem de Giovanna Fraguito, Mafê Firpo e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 22 de novembro de 2024, edição nº 2920