Filha de Jorge Amado aponta ‘livro mais feminista do mundo’
Paloma Amado é presença confirmada na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), que acontece de 9 a 13 de agosto
Nos dias de hoje, é duro escapar do cerco do politicamente correto, que não raro resvala para o exagero. Não seria diferente com a obra de Jorge Amado, recentemente tachada de machista nas redes — sobretudo o clássico Tereza Batista Cansada de Guerra, de 1972. Quem entrou em campo na defesa do escritor baiano foi a filha caçula dele com Zélia Gattai, a crítica literária Paloma Amado, 72 anos. “É uma afronta. Este é o livro mais feminista do mundo”, rebate ela, que garante: “Papai era, posso dizer com todas as letras, muito mais feminista até do que mamãe”. Paloma avisa que seguirá firme na missão de blindar ambos do revisionismo histórico, movimento ao qual o patriarca não iria aderir por nada, segundo ela. “Ele nunca revisou um único livro para não se aborrecer”, diz. E ponto-final.
Publicado em VEJA de 26 de julho de 2023, edição nº 2851