3 Obás de Xangô, longa dirigido por Sérgio Machado, faz parte da Première Brasil do Festival do Rio. O documentário mergulha na amizade e conexão cultural entre três ícones brasileiros – Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé – e oferece um olhar poético sobre a construção de uma identidade baiana que transcende gerações. Aliás, a coluna GENTE, que acompanha o festival com olhos atentos a novidades, já aponta este como um dos bons momentos para se prestigiar.
Três vezes vencedor de prêmios no Festival do Rio, com os filmes Cidade Baixa, Onde a Terra Acaba e Luta do Século, o diretor Sérgio Machado não esconde a ansiedade. “Ver o filme, que acabou de ficar pronto, estrear no Festival, especialmente na presença de familiares dos três, torna tudo ainda mais significativo. É uma honra imensa estar de volta e compartilhar esse momento tão importante. Eu tenho uma relação muito especial com os três Obás. Jorge Amado, foi uma espécie de padrinho da minha chegada no cinema, a música de Caymmi e os desenhos de Carybé serviram de base para longas como Cidade Baixa e Quincas Berro D’água“.
O longa revela como esses três artistas, elevados ao título de Obás de Xangô pela lendária Mãe Senhora, do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, documentaram a vida baiana em suas obras. Para eles, o orgulho de carregar esse título era inseparável da missão de documentar a vida cotidiana, as cores e os ritmos das ruas de Salvador. Era dessa vivência que suas obras se alimentavam: os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas de Carybé não só retratavam a cidade, mas ajudavam a definir o que significa ser baiano.
Anote aí: O filme terá sessões no sábado, 5, 19h15, no NET Gávea; e domingo, 6, 13h30, no Cine Odeon.