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Artista exige que obra seja retirada de exposição em Inhotim; entenda

O carioca Maxwell Alexandre acusa o tratamento dado a negros, "antropologicamente por uma instituição branca"

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 dez 2022, 11h00

O Instituto Inhotim inaugurou no dia 19 de novembro a exposição Quilombo: vida, problemas e aspirações do negro. A mostra traz obras de 32 artistas e um coletivo, jovens artistas brasileiros, como Panmela Castro, Mulambö, Antonio Obá, Wallace Pato, Desali, Paulo Nazareth, Kika Carvalho, Zéh Palito e Maxwell Alexandre. Este último pediu que a sua obra fosse retirada, após tomar conhecimento da comunicação oficial da mostra, somado à abertura simultânea da exposição O Mundo É o Teatro do Homem, na Galeria Fonte, também a partir dos trabalhos de Abdias Nascimento no Teatro Experimental do Negro.

“Eu repudio veemente a inserção de minha obra sem título da série Novo Poder, 2021, na exposição (…). 34 pretos sob um título que sugere a abordagem de sonhos e problemas do negro, enquanto três brancos [expõem] sob um título com ênfase no universal, no mundo e na humanidade. (…) O que temos é mais uma vez o negro sendo tratado antropologicamente por uma instituição branca com agentes brancos tomando decisões. (…) Vocês vão estar me fazendo um grande favor se decidirem retirar minha obra dessa exposição”, desabafou Maxwell nas redes sociais. 

Em uma das postagens, ele chegou a impor uma condição para a permanência de sua obra na mostra: “A única maneira de eu estar em Inhotim com minha aprovação é em meu próprio pavilhão, assim como Tunga e Adriana Varejão“. Depois da enxurrada de críticas do artista, o Instituto Inhotim, localizado em Minas Gerais, se posicionou oficialmente por meio de nota à imprensa: “Em relação aos recentes acontecimentos envolvendo a exposição Quilombo: vida, problemas e aspirações do negro, manifesta, num espírito de conciliação, sua intenção de, a pedido do artista, retirar da exposição a obra sem título, da série Novo Poder (2021). Todos os artistas da exposição foram comunicados sobre a retirada da obra, bem como sobre os encaminhamentos a serem dados a partir desta mudança (…). Sendo assim, a partir de quarta-feira, dia 7 de dezembro de 2022, a obra não estará mais em exibição na mostra da Galeria Lago”.

Na nota, o instituto convida ainda os artistas integrantes da exposição para a realização de um encontro, em 2023, no Inhotim, “para escutar as críticas, os desejos e as ideias no intuito de formular um conjunto de recomendações para melhorias nas práticas institucionais”. Maxweel diz, em princípio, querer estar no encontro, mas precisa de tempo para se decidir. Enquanto isso, ele se defende nas redes, sem economia nas palavras. “Bem avaliado no mercado e nas instituição, status pra poucos artistas. Sou no mínimo o artista mais brabo de minha geração. Em cinco anos, tenho um currículo internacional que se não encontra paralelo nem entre os artistas brancos. Comando um dos maiores estúdios de arte do Brasil, se não o maior (…). Foi mal, eu sou o maior artista dessa geração. Se eu morrer, eu viro lenda; se eu viver, vocês vão assistir de camarote a minha produção transbordar”, diz o carioca, que ganhou repercussão nacional após sua primeira mostra solo, Pardo É Papel, no Museu de Arte do Rio, em 2019. 

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