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A festa da vitória de Fernanda Montenegro e a pergunta que não quer calar

Em meio à comemoração, veio a questão: de quem foram os dois votos nulos na eleição consagradora da atriz e nova imortal da Academia Brasileira de Letras?

Por Cleo Guimarães 5 nov 2021, 12h08

Foi uma votação consagradora, quase unânime. Quase. Dos 34 votos em jogo para a eleição à cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras, Fernanda Montenegro conquistou 32. Os dois nulos num pleito de candidato único deixaram muita gente encafifada, e vira e mexe o assunto surgia nas rodinhas do coquetel que a atriz ofereceu à família e aos novos confrades na noite desta quinta (5), no hotel Emiliano, na orla de Copacabana, no Rio, logo depois de confirmada a sua vitória.

“Foi estranho isso”, reconheceu Antonio Cicero, ocupante da cadeira 27 da ABL. “E o pior é que nós nunca vamos saber quem são esses dois”, disse o poeta e filósofo, servindo-se de uma porção de humus de alcachofra. “Quem quer que seja, são dois grandessíssimos idiotas”, irritou-se Eliana Caruso, mulher de Chico Caruso e amiga da atriz há décadas. “Por que fizeram isso? É inacreditável anularem. É a Fernanda, gente!”.

Fernanda Montenegro entre os filhos, Cláudio Torres e Fernanda Torres
Fernanda Montenegro entre os filhos, Cláudio Torres (de terno a pedido da mãe) e Fernanda Torres (Cleo Guimarães/VEJA)

Um dos imortais disse ter seus suspeitos, mas não acredita que vá descobrir quem – e por que cargas d’água -, votou nulo. “Não deixaram com clareza a prova do crime”, lamentou. Garçons passavam servindo espumante e vinho tinto, além de belisquetes variados, como mini bruschettas e tarteletes de burrata, comidinhas classificadas como ‘finger food’ por um convidado, que foi logo chamado atenção pelo anglicismo desnecessário.

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Fernanda ainda não tinha chegado, mas circulava a informação de que ela “já estava pertinho”. O protocolo a ser seguido passou a ser então uma questão. “Abraça ou dá soquinho?”, perguntou o figurinista Marcelo Pies, marido de Antonio Cícero, antes de cumprimentar um dos convidados. E a máscara? É obrigatória? Geraldinho Carneiro achou que não, e foi dos poucos a já chegar sem ela. “Eu não me arrisco a tirar a minha aqui, no meio dos imortais. Mamãe também me pediu para ficar com ela o tempo todo”, disse Fernanda Torres, animada com o modelo mais leve que usava. “Aquela máscara azul da 3M é barra pesada!”.

A mais nova imortal da ABL chegou ao Emiliano por volta de 19h e, assim que apareceu no salão, recebeu um abraço coletivo dos casais Zuenir e Mary Ventura / Chico e Eliana Caruso. “Meu queridos! Vivaaa! Vocês são meus amigos da vida inteira”, disse, no meio dos quatro. Ela em seguida contou que passou a tarde dando entrevistas “e falando sempre de política”. “Todo mundo me perguntava sobre o Bolsonaro, claro.”

Os parabéns vinham de todos os lados (“Não te disse? Viu só?”, comemorou Domício Proença Filho, ocupante da cadeira 28), e depois da euforia inicial, Fernanda ia percorrendo os grupinhos e fazendo festinha, agradecendo pessoalmente a cada um dos amigos e imortais. O “Parabéns, vó” do neto Joaquim pareceu tê-la deixado especialmente tocada. “Ô meu amor!”, respondeu, abraçando o rapaz.

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Fernanda Montenegro e o neto Joaquim
O abraço de Fernanda no neto Joaquim: “Ô meu amor!” (Cleo Guimarães/VEJA)

Arlete Salles e Jacqueline Laurence passaram um bom tempo num papo ao pé do ouvido com Fernanda, que em determinado momento pediu a Marcelo Pies, com quem já trabalhou no teatro, para confeccionar o fardão para a sua posse. “Claro! Vai ser maravilhoso”, respondeu ele. Pies assinou o fardão do marido e, segundo um dos imortais, cobra “um décimo do preço” do alfaiate oficial da Academia. “Na verdade, o fardão do Diógenes (o costureiro indicado pela ABL) não tem nada de mais”, espetou um convidado. “Quem faz o trabalho pesado são as bordadeiras”.

Independente de quem vá confeccionar o traje-fetiche da Academia, uma coisa é certa: a prefeitura do Rio vai bancá-lo. “Lógico, é uma honra”, disse o prefeito Eduardo Paes a VEJA. O próximo compromisso social dos imortais já tem data marcada: quinta-feira que vem, dia 11, quando Gilberto Gil deve ser eleito com folga para a cadeira 12. O cantor é favoritíssimo na disputa com o poeta Salgado Maranhão, e a festança será oferecida pelo arquiteto Miguel Pinto Guimarães, amigo de longa data de Gil e de sua mulher, Flora.

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