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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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PT responsabiliza Bolsonaro pela desvalorização do real

Assessor de Lula diz que volatidade do governo gera insegurança no câmbio

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jul 2022, 11h07

Um dos principais assessores da campanha Lula, o economista Guilherme Mello, afirmou que a desvalorização do real nos últimos meses é responsabilidade da política econômica do governo Bolsonaro e não do Banco Central.

“O real está volátil porque o governo Bolsonaro é volátil. O BC tem os instrumentos de intervenção no mercado, mas de que adianta se o próprio governo é imprevisível? Este governo fala em privatização e intervém na diretoria da Petrobras, diz que obedece a Lei do Teto de Gastos, mas muda a Constituição para furar este mesmo teto, discursa a favor da atração de investimento estrangeiros, mas afugenta esses mesmos investidores ao transformar o país num pária com o incentivo ao desmatamento na Amazônia”, afirmou Mello.

A declaração de Mello é um ajuste de rumo à entrevista de outro economista ligada à campanha Lula, Pedro Rossi. À agência Reuters, Rossi defendeu uma postura mais intervencionista do Banco Central no câmbio, incluindo a regulação do mercado de derivativos. Na mesma reportagem, o ex-ministro Guido Mantega afirmou que o BC errou ao permitir uma desvalorização excessiva do real. Desde abril, o real se desvalorizou 10% em relação ao dólar.

A reportagem da Reuters alimentou os rumores de um embate entre um eventual governo Lula e o Banco Central. Mello foi indicado pela coordenação da campanha Lula para atenuar o discurso. Existe um debate interno no PT sobre política monetária, com muitas críticas à atuação do Banco Central, mas sem consenso.

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Lula já anunciou em abril que, se eleito, não vai interferir na independência do BC e que conversar “sem problemas” com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que tem mandato até 2024. No mês passado, em um esforço deliberado de acalmar o mercado financeiro, Lula disse ao jornal britânico Financial Times, que “existem três palavras mágicas em governar: credibilidade, previsibilidade e estabilidade”.

“Um governo Lula 3 vai falar antes o que vai fazer e depois vai fazer o que disse. Só isso já vai dar ao mercado um ambiente de tranquilidade que hoje não existe com Bolsonaro, reduzindo os ruídos no câmbio”, disse Mello.

A relação do PT com o mercado financeiro está esgarçada há dez anos, desde o governo Dilma Rousseff. Nas eleições de 2018, o centro financeiro da Faria Lima fez campanha aberta a favor de Bolsonaro. Mesmo com Lula como favorito nas pesquisas, a relação dos executivos das principais corretoras com a campanha Lula é irregular. Como Lula não indicou um porta-voz econômico para falar em nome da sua campanha, o mercado reage a cada entrevista dos seus assessores. Com a aproximação da data das eleições, a sensibilidade do mercado só vai aumentar.

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