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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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O segundo turno vem aí

Índices de Ciro e Tebet dificultam a vitória lulista em 2 de outubro

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 set 2022, 18h53 - Publicado em 2 set 2022, 15h30
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  • Lula, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Simone Tebet -
    Lula, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Simone Tebet, os quatro principais candidatos à Presidência // (Ricardo Stuckert/PT; Alan Santos/PR;/Divulgação)

    A resiliência de Ciro Gomes (PDT) e o crescimento de Simone Tebet (MDB) no novo Datafolha demonstram que é cada semana mais provável que a eleição não se resolva no primeiro turno. Faltando um mês para o pleito, Lula da Silva (PT) oscilou 2 pontos porcentuais para baixo e agora tem 45% das intenções de voto e Jair Bolsonaro (PL), mesmo com a distribuição do Auxílio Brasil, permaneceu com 32%. No pelotão de baixo, Ciro oscilou positivamente de 7% para 9% e Tebet cresceu de 2% para 5%. Na pesquisa Datafolha de maio, Lula tinha 54% dos votos válidos. Caiu para 53% em junho, 51% em agosto e 48% na última pesquisa.

    A queda gradual de Lula é resultado da melhora dos indicadores de Bolsonaro, mas o que pode assegurar o segundo turno são os demais candidatos. Ao contrário dos líderes, Ciro e Tebet aproveitaram a exposição com as entrevistas no Jornal Nacional, o início da propaganda de rádio e TV e o debate na Band para se tornarem mais conhecidos e se apresentarem como opções para os eleitores que não querem nem Bolsonaro nem Lula.

    O ressurgimento dos nem-nem é uma má notícia para a campanha de Lula e de Bolsonaro, que crescia gradualmente nas pesquisas e estacionou justamente quando precisava ganhar tração. Lula agia como se fosse a única opção antibolsonarista do eleitor, mas sua atuação frágil no debate contrastada com a postura firme de Tebet ao enfrentar o presidente mostrou que o PT não tem o monopólio da oposição. Já Ciro Gomes conseguiu segurar em torno de si muito do antipetismo que alimenta a campanha Bolsonaro.

    Até o início da campanha na TV, os nem-nem, como esses eleitores são conhecidos, estavam pressionados a escolher um dos dois líderes. Pesquisas qualitativas feitas após o debate na Band evidenciam que essa pressão se reduziu. Há um contingente de milhares de eleitores que se sentem desconfortáveis com a opção Lula-Bolsonaro, mas só agora acreditam que encontraram uma oportunidade. Alguns entrevistados se disseram aliviados por poder adiar sua decisão para o segundo turno, mesmo sabendo que tudo aponta para uma final Lula e Bolsonaro.

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    Esse alívio tem caráter regional e de renda. Ele é especialmente forte no estado de São Paulo e na Região Sul e cresce quanto maior for o salário do eleitor. Uma pesquisa Genial/Quaest de novembro do ano passado revelou que à época os nem-nem tinham pouco mais de 20% do eleitorado, mas chegavam a 25% em São Paulo. No estado, a senadora Simone Tebet deve ser a maior beneficiária. Em duas semanas de Datafolha ela subiu de 2% para 7%.

    Ciro e Tebet ocupam o espaço que foi de Marina Silva em 2010 e 2014, a faixa de 20% do eleitorado que no primeiro turno rejeita a polarização entre PT e anti-PT. No último Datafolha, a soma dos nem-nem chegou a 17%.

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