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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Genial/Quaest: brasileiros estão divididos sobre condenação de Lula

Para 44% prisão de ex-presidente foi justa; para 40% foi incorreta

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 set 2022, 10h18 - Publicado em 11 set 2022, 15h12

Passados um ano e cinco meses desde que o plenário do Supremo Tribunal Federal anulou as condenações de Lula da Silva e considerou o ex-juiz Sergio Moro como parcial na condução dos seus julgamentos, o fantasma da Lava Jato segue perseguindo o ex-presidente. Recorte exclusivo da pesquisa Genial/Quaest para VEJA revela que 44% dos eleitores ainda consideram que Lula foi condenado corretamente. 40% acham que a condenação foi injusta, o que configura um empate técnico. 

A Genial/Quaest havia feito a mesma pergunta em março e junho. Nas duas já havia esse empate técnico, sendo que numericamente mais eleitores consideravam Lula culpado. Como seria de se esperar, tanto a concordância quanto a discordância das condenações estão diretamente vinculadas à preferência de voto. Entre os eleitores de Bolsonaro, 85% acham que a prisão do petista foi certa, enquanto 77% dos lulistas dizem o oposto. 

Entre os eleitores dos outros candidatos que o debate é mais fluido. Em junho, 60% dos eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet achavam que a condenação foi correta e 30% errada. Agora, 52% concordam com a Lava Jato e 26% discordam, com o número de eleitores sem uma opinião formada subindo de 10% para 23%. Há um espaço, portanto, para esses novos indecisos serem convencidos tantos por lulistas quanto por bolsonaristas.

Ao longo da campanha, as explicações de Lula variaram. Na melhor formulação, ao Jornal Nacional, o ex-presidente relacionou o aprimoramento nos sistemas de controle no seu governo, afirmou que a “Lava-Jato enveredou por um caminho político delicado, ultrapassou o limite da investigação e entrou no limite da política” e admitiu que “você não pode dizer que não houve corrupção se as pessoas confessaram”. 

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No pior momento, no debate da Tv Band, Lula fugiu da pergunta de Bolsonaro com a alegação infantil de que “inverdades não valem a pena na TV, citar números mentirosos não compensa”. No mesmo debate, citou a frase sem sentido para milhões de brasileiro, “sou o único cara condenado por ser inocente”.

O fato é que nem Lula, nem sua campanha conseguiram até agora oferecer ao eleitor uma explicação que inclua o anulamento dos julgamentos no STF, mas que reconheça o esquema de corrupção das empreitas na Petrobras e nos partidos. Sem essa resposta, a campanha age sob um comportamento passivo-agressivo, juntando negacionismo sobre o que ocorreu na Petrobras, falsas equivalências entre a Lava Jato e o esquema de rachadinhas, fatos como a captura da Procuradoria Geral da República pelo bolsonarismo e verdades, como a parcialidade de Sergio Moro. É uma combinação que não tem convencido.

Com a campanha de Bolsonaro na TV investindo cada programa mais na ideia de que “Lula é ladrão” achar um meio de explicar ao eleitor o que aconteceu na Petrobras pode fazer a diferença entre ganhar ou perder. 

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