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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Bolsonaro organiza o antipetismo e avança no Triângulo das Bermudas

Sem Moro na disputa, presidente reduz vantagem em SP e MG e empata no Rio, diz pesquisa Genial/Quaest

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 Maio 2022, 21h53 - Publicado em 20 Maio 2022, 11h39

No período de dois meses, a campanha de Lula assistiu sem reação ao avanço do presidente Jair Bolsonaro sobre os três maiores colégios eleitorais do Brasil, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Neste último, Bolsonaro cresceu 4 pontos porcentuais e agora empata com Lula no primeiro turno. Os três estados concentram 40% dos votos do Brasil. Compare os dados das pesquisas estaduais da Genial/Quaest:

São Paulo

Lula 39% (igual em relação a março)

Bolsonaro 28% (+ 3 pontos porcentuais)

Rio de Janeiro

Lula 35% (-4)

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Bolsonaro 35% (+4)

Minas Gerais

Lula 44% (-2)

Bolsonaro 28% (+7)

“Esses números mostram uma reacomodação dos eleitores de Sergio Moro e dos desesperançados com as chances da terceira via em favor do Bolsonaro. São eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018, se desgostaram com o seu governo, mas agora retornam por não enxergarem outra possibilidade de impedir a volta do PT”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest.

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A reorganização do antipetismo no Sudeste assustou o PT. Logo depois do anúncio, o deputado Reginaldo Lopes renunciou à sua candidatura ao Senado por Minas e o PT fechou acordo para apoiar os candidatos do PSD – o ex-prefeito Alexandre Kalil para governador e a reeleição do senador Alexandre Silveira.

No Rio, o secretário de comunicação do PT, deputado Jilmar Tatto, afirmou que o problema era o apoio à candidatura a governador de Marcelo Freixo, do PSB. Deputado símbolo da defesa dos direitos de minorias e da investigação contra milícias, Freixo traria “estreiteza à campanha Lula”, na avaliação de Tatto. A estocada é inútil: o PT é raquítico no Rio e não tem opção viável a Freixo. O PT reclama, na realidade, de que o PSB de Freixo insiste na candidatura de Alexandre Molon a senador (que tem 10% na pesquisa Genial/Quaest, em terceiro lugar), e não na do deputado estadual petista André Ceciliano, com míseros 2% no levantamento.

O que o PT desconsidera no Rio é que o estado é a base do bolsonarismo. O presidente teve 59,79% dos votos no Rio de Janeiro no primeiro turno em 2018 e elegeu o governador e os dois senadores.

Em São Paulo, ao contrário, a novidade é a vantagem de Lula. Desde 1989, o PT só venceu em 2002. Em 2014 e 2018, perdeu no segundo turno numa proporção de 7 a 3. A possibilidade de Lula vencer no estado de São Paulo, que concentra 22% dos eleitores, pode decidir a eleição nacional.

Com a vantagem de Lula e do candidato petista Fernando Haddad na pesquisa, Lula pessoalmente trabalha para convencer o ex-governador Márcio França a apoiar o PT e ser candidato a senador.

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Há uma característica que une Lula e Bolsonaro nos três estados: eles terão de levantar os candidatos a governador, e não o contrário. E todos os índices de Bolsonaro e Lula são maiores que os de seus candidatos a governador. Por isso é tão importante para Haddad, Freixo e Kalil se aproximarem de Lula, enquanto Bolsonaro vai precisar levantar os índices de Tarcísio de Freitas (SP), Claudio Castro (RJ) e Carlos Viana (MG). Dificilmente essa tendência vai mudar até outubro.

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