Pilotos da Temporada 2010-2011 – Parte 6: Havaí 5-0 Estreia no Brasil
O remake de “Havaí 5-0″ estreia esta noite no Brasil pelo canal Liv, às 22h. A série é uma das representantes da nova temporada americana. Sua estreia nos EUA registrou cerca de 14.20 milhões de telespectadores, mantendo uma média de 11.64 para os episódios seguintes. Até o momento, a série tem cinco episódios exibidos pela […]
O remake de “Havaí 5-0″ estreia esta noite no Brasil pelo canal Liv, às 22h. A série é uma das representantes da nova temporada americana. Sua estreia nos EUA registrou cerca de 14.20 milhões de telespectadores, mantendo uma média de 11.64 para os episódios seguintes. Até o momento, a série tem cinco episódios exibidos pela CBS, dos 13 inicialmente encomendados.
Para os fãs da série clássica que temem um remake de sua série favorita, o piloto da nova versão não faz feio. Ao contrário, consegue oferecer uma trama que equilibra drama e aventura. Não se trata de uma proposta dramática. É uma série de aventura leve, apesar de introduzir situações que poderiam ser abordadas com mais peso.
Os nomes dos personagens são os mesmos, mas suas histórias trazem elementos que diferenciam da produção original, transformando-os em outras pessoas. Da série estrelada por Jack Lord sobrou o tema de abertura, que também se destaca nessa produção. A música carrega as cenas de ação, transformando-se em um estimulante para o público. A edição da abertura da série, que traz os nomes dos atores, foi montada no mesmo estilo da original, sendo um pouco mais rápida para acompanhar o arranjo da nova versão.
Outro símbolo da série clássica é o prédio onde a equipe do Havaí 5-0 trabalha. As duas produções utilizam imagens da fachada do Aliiolani Hale, onde funciona um centro educacional e histórico do judiciário do Havaí. É na frente desse prédio que se encontra a estátua do rei Kamehameha V, que também aparece em ambas as séries.
Por fim, tem o carro de Steve McGarrett. Na série original, o personagem dirige três modelos Mercury. No piloto, filmado em 1967, ele utiliza um Marquis de duas portas lançado naquele ano; entre 1968 e 1974, período que corresponde da primeira a sexta temporada, ele dirigiu um Park Lane Brougham, lançado em 1968. Nas seis últimas temporadas, exibidas entre 1975 e 1980, McGarrett dirige um Marquis Brougham 1974. Este é o modelo que aparece em duas cenas do episódio piloto do remake.
O Mercury Marquis Brougham, quatro portas, é visto na garagem do pai de Steve, agora interpretado por Alex O’Loughlin. Trata-se de um dos carros utilizados na série original. Em 1980, Jack Lord deu o carro à John Nordlum, seu dublê na série.
Desde então, Nordlum cuidou do automóvel mantendo seu aspecto original, incluindo o rádio da polícia utilizado pelo ator/personagem. Quando a produção do remake teve início, amigos de Nordlum, que vive no Havaí, entraram em contato com a CBS para pedir que o carro fosse utilizado. E assim foi. Na história, o automóvel pertencia ao pai de Steve, que decide restaurá-lo, criando, assim, um elo com o passado pai/série.
A história do episódio piloto introduz os personagens Steve (O’Loughlin), Danny (Scott Caan), Kelly (Daniel Dae Kim) e Kono (Grace Park), além da governadora (Jean Smart). Confiram o enredo do episódio e informações de bastidores aqui.
Apesar dos esforços dos roteiristas e dos atores, Scott Caan rouba a cena. Se não tomarem cuidado, a produção passará a ser conhecida como a série de Danny Williams e não de Steve McGarrett.
O’Loughlin está bem no papel, mas o ator não tem personalidade suficiente para se impor, incorrendo o risco de se deixar ofuscar. Tal qual as duplas cômicas como Abbot e Costello ou Jerry Lewis e Dean Martin, Steve e Danny protagonizam uma parceria na qual temos o ‘sério e o engraçado’. Assim, Steve serve de ‘escada’, ou apoio, para Scott realizar suas cenas. Além de dar o tom cômico, Danny/Scott também introduz questões familiares que levam a produção a um patamar mais realista em meio ao corre corre das cenas de ação.
O Steve de O’Loughlin é o típico heroi ‘das antigas’. Obcecado, sério, íntegro, racional, que esconde seus sentimentos e tenta manter sua vida pessoal separada do trabalho, muito embora ela tenha sido o motivo pelo qual assumiu o comando da equipe. Sua situação lembra à de Stringfellow Hawk, da série “Águia de Fogo”, que concorda em trabalhar para o governo acreditando que assim conseguirá localizar o irmão perdido no Vietnã. No remake de “Havaí 5-0″, McGarret aceita o trabalho acreditando que assim terá oportunidade de localizar e capturar um grupo de terroristas responsável pela morte de seu pai. Já a situação da equipe lembra a de “Os Intocáveis”, na qual recebem carta branca do governo para capturar bandidos.
Quanto a Kelly e Kono, tal qual na série original, são inexistentes, ao menos no episódio piloto. São personagens que figuram na história ,mas não têm muito o que fazer nela a não ser obedecer ordens enquanto esperam por um episódio no qual possam desenvolver suas personalidades. Esforços não faltaram. O piloto apresenta situações criadas especialmente para eles mostrarem seu valor. Mas falta carisma, especialmente à Kono, que nessa versão é interpretada por uma mulher.
A proposta da série é oferecer episódios com histórias fechadas, introduzindo situações novas a cada semana, que serão concluídas no mesmo dia. O histórico dos personagens e suas relações servirão de pano de fundo, apresentando um desenvolvimento lento e contínuo ao longo da série.
O episódio piloto tem o mesmo impacto que a série “Magnum” teve na década de 1980. A diferença fica por conta da fotografia cinematográfica. Substituindo a versão original de “Havaí 5-0″, a série estrelada por Tom Selleck era situada no mesmo ambiente. Tanto “Magnum” quanto o remake de “Havaí 5-0″ exploram os cenários, introduzem uma narrativa mais ágil, apresentam histórias leves e têm personagem cômico (T.C.) se relacionando com um homem mais sério (Magnum). E, é claro, não podemos esquecer do físico dos atores. As duas séries provam que tirar a camisa no Havaí é uma obrigação!
Acompanhem as postagens sobre “Havaí 5-0″ aqui.
Em postagens anteriores, publiquei minha opinião sobre algumas estreias da nova temporada americana, com base no episódio piloto. Quem desejar poderá conferir as postagens aqui: Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4 e Parte 5. Seguindo a mesma estrutura, segue abaixo a nota do piloto de “Havaí 5-0″, nova versão, levando em consideração o sistema de notas: A para ótimo; B para bom; C para fraco; D para ruim.
Nota: B
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