Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Tela Plana Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
Continua após publicidade

Por que a versão cômica anos 60 ainda é melhor que a dos Batman modernos

Filme que estreia nesta quinta, 3, comprova que, nas últimas décadas, o Homem-Morcego ficou cada vez mais sombrio e perdeu o super-poder do humor

Por Da Redação Atualizado em 2 mar 2022, 08h00 - Publicado em 1 mar 2022, 11h56

Dava para levar a sério um super-herói com o protótipo de uma barriga de tiozão do sofá, vestido com um ceroula por cima das calças, conjunto arrematado por um cinturão amarelo, e que disparava socos à base de onomatopéias (pow!)? Ninguém levava a sério mesmo, e esse sempre foi o mérito da série clássica televisiva do Batman, que foi ao ar entre 1966 e 1968 e até hoje é reprisada com frequência por aí. Ela teima em morrer, mesmo competindo com as milionárias e modernas versões cinematográficas para o justiceiro de Gotham City (o novo filme do personagem estreia nesta quinta, 3, tendo como protagonista o ex-vampiro juvenil Robert Pattinson).

O velho Batman continua por aí e a explicação não está apenas no uso do bat-cinto da nostalgia. As doses do super-poder do humor ainda garantem o sabor da antiga versão e a diferencia das novas, nas quais o personagem vem se mostrando cada vez mais sombrio e paranoico com o passar das décadas. Tem dado muito lucro nas bilheterias, é verdade, mas o show de efeitos especiais e as incríveis coreografias de lutas não escondem o fato de que o Batman atual se tornou um grande herói-enxaqueca.

Muito diferente, portanto, da versão clássica encarnada por Adam West (1928-2017) nos anos 60. Depois de papéis sem expressão, que incluíram aparições em filmes de faroeste, ele assumiu o uniforme do Homem-Morcego e marcou para sempre a história do personagem ao enfrentar divertidos vilões com visual psicodélico em lutas nas quais as onomatopéias tentavam dar um sabor de pop art ao pacote. O primeiro batmóvel foi montado dentro de uma banheira automotiva, um protótipo de um Lincoln Futura. Igualmente inesquecível era o tema de abertura da série, com uma pegada de surf-music.

Havia ainda a companhia inseparável de Robin e, santo-desafio, Batman penou por muito tempo com boatos maledicentes a respeito dessa parceria, numa época em que o tema da diversidade passava longe do universo das histórias em quadrinhos. O seriado trash virou cult e não é absurdo apostar que continuará sendo o Batman mais querido e lembrado, apesar de todo o esforço e talento de Robert Pattinson na nova encarnação do Homem-Morcego.

Continua após a publicidade

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.