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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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‘Paper Girls’: força feminina move série da Amazon à la ‘Stranger Things’

Apesar de não ter o brilho de 'Stranger Things', série não faz feio ao apostar na nostalgia nos anos 1980 e na amizade de quatro meninas

Por Marcelo Canquerino 18 ago 2022, 10h26

Erin (Riley Lai Nelet) levanta cedo, ainda de madrugada, para começar no novo trabalho: distribuir jornais pelas ruas da vizinhança. A jovem sino-americana teve o azar de pegar justamente o dia após o Halloween para iniciar no novo emprego. Os arruaceiros e valentões, porém, não chegam nem perto dos problemas que ela e suas novas amigas – Mac (Sofia Rosinsky), KJ (Fina Strazza) e Tiffany (Camryn Jones) – encontram. Do tempo em que o quarteto vive no início da trama, em 1988, elas são transportadas para 2019 em meio a uma guerra travada entre duas facções misteriosas. Se os elementos de ficção científica e a nostalgia dos anos 1980 lembram Stranger Things, não é por acaso. Paper Girls, a nova aposta da Amazon Prime Video para pegar carona no sucesso da Netflix, tem semelhanças patentes com a trama dos irmãos Duffer, mas se diferencia principalmente por dar mais vazão à relação de amizade feminina que surge entre as protagonistas.

A série é uma adaptação da história em quadrinhos homônima escrita por Brian K. Vaughan, mesmo autor de Y: O Último Homem, publicada entre 2015 e 2019. Não seria supresa, aliás, se os livros inclusive tivessem inspirado Hawkins e o Mundo Invertido, já que a produção da gigante do streaming começou em 2016. No caso de Paper Girls, a curiosidade por trás da viagem no tempo e dos mecanismos que regem o universo até instigam curiosidade, mas o que preenche a tela, na realidade, são as meninas. Erin precisa lidar com a xenofobia por ser uma garota de ascendência chinesa; KJ, com o preconceito por ser judia; Mac, uma das personalidades mais interessantes, é a típica rebelde que não se enquadra nos padrões de feminilidade; e Tiffany é uma das cabeças do grupo. O carisma do quarteto heterogêneo, que vive entre rusgas e afetos, é o verdadeiro responsável por prender quem assiste — mesmo que o excesso daquelas chatices típicas da adolescência, de praxe neste tipo de série, possam incomodar em alguns momentos.

Apesar desses deslizes, Paper Girls investe em um terreno seguro ao evocar a nostalgia dos anos 1980. A trama, com um grupo de amigas, bicicletas e monstros captura principalmente aqueles que cultuam filmes como Goonies Conta Comigo. A série, definitivamente, não tem a fibra e a magnitude de Stranger Things, mas diverte com uma história palatável de ficção científica e, principalmente, por abordar a juventude de um quarteto de amigas tão carismáticas.

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