Tela Plana

Por Kelly Miyashiro

Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Cultura

Os números que atestam o peso do público feminino na audiência da NFL

Prestes a desembarcar no Brasil, liga de futebol americano mudou a demografia nos últimos anos, atestam dados da ESPN

Por Amanda Capuano SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 3 set 2025, 11h50 - Publicado em 3 set 2025, 11h37

Taylor Swift e Travis Kelce - (./Reprodução)

Nesta sexta-feira, 5, a NFL aterrissa no Brasil para a partida de Chargers x Chiefs, que vai arrastar milhares de pessoas para a Neo Química Arena, em São Paulo. Há alguns anos, as arquibancadas do estádio seriam ocupadas por uma maioria masculina esmagadora — se seguir a audiência da liga no Brasil, no entanto, não é isso o que deve acontecer. Segundo dados disponibilizados pela ESPN, na última temporada da NFL, 40% da audiência da competição nos canais da emissora veio das mulheres — elas também representam 44% do montante que assistiu ao Super Bowl deste ano no canal.

Os números demonstram uma mudança na demografia do público do esporte no país: na temporada de 2021/2022, a participação feminina era de apenas 16%, apontando um salto de 144% em um intervalo de três anos. “A NFL segue em trajetória de crescimento no Brasil, e o público feminino tem sido protagonista neste movimento”, atesta a emissora.

Essa aumento não é exclusividade do Brasil, e pode ser atribuído a alguns fatores: o namoro (agora noivado) de Taylor Swift com o astro Travis Kelce, do Chiefs, atraiu olhares femininos e impulsionou o interesse de várias mulheres pelo esporte em 2024, especialmente nas faixas dos 18 aos 24 anos, onde o crescimento foi de 24%, e acima dos 35 anos, com um salto de 34% — atestam dados da liga. Isso porque, a estrela costuma acompanhar os jogos do Chiefs no estádio e é flagrada com certa frequência pelos telões das transmissões — nos bastidores, inclusive, é dada como praticamente certa a presença da cantora na Neo Química Arena nesta sexta-feira.

Além do “efeito Swift”, há também mudanças da própria liga e dos canais de transmissão para tentar diversificar o público. “Explicar o jogo para quem está começando ou discutir jogadas com quem já acompanha é muito especial para mim”, afirmou a atriz Karize Brum, que há três temporadas integra as transmissões na ESPN. “Sou completamente apaixonada pelo esporte, e fazer parte desse time é simplesmente incrível, além de marcar a presença feminina na NFL, um público que está crescendo muito”, completa ela.

A ESPN transmite a NFL há mais de 20 anos, através dos canais fechados e, mais recentemente, também do streaming Disney+. A partir dessa temporada, a emissora divide os direitos do torneio com os canais e plataformas da Globo, que fechou recentemente um acordo amplo com a liga de futebol americano. Além delas, a transmissão também é feita pela RedeTV!, que mostra o evento na TV aberta desde 2022, e da CazéTV, que acompanha o torneio no YouTube.

Continua após a publicidade