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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Lançado há 24 anos, ‘Space Jam’ supera ‘novinhos’ em ranking da Netflix

Filme de 1996 envelheceu bem e tem como trunfo o saboroso apelo escapista da parceria de Michael Jordan com Pernalonga na tela

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 Maio 2020, 14h07 - Publicado em 12 Maio 2020, 13h49

Pequenos e armados alienígenas invadem a Terra para sequestrar Pernalonga e seus amigos. O plano é levá-los como escravos para um bizarro parque de diversões no espaço. Tentando driblar os seres nanicos, o personagem orelhudo propõe que a trupe se defenda em uma partida de basquete: se eles ganharem, ficam livres. Quando os invasores roubam os talentos de jogadores da NBA e aparecem monstruosamente enormes, Pernalonga e Patolino pedem ajuda de ninguém menos que Michael Jordan — então aposentado das quadras e tentando a sorte no beisebol.

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Quando estreou em 1996, Space Jam: O Jogo do Século fez barulho – e com razão. Somou 230 milhões de dólares em bilheteria (até hoje, é o mais bem-sucedido filme sobre basquete), renovou a popularidade dos personagens do Looney Tunes e ampliou a de Jordan para além das quadras. A produção ainda marcou a história do cinema, estabelecendo de vez a boa parceria entre live-action e animação — até então, o estrondoso Uma Cilada para Roger Rabbit (1988) parecia ser um caso isolado da inusitada interação entre atores de carne e osso e seres animados, com direito não só a pequenas interferências, como o fez Mary Poppins em 1964, por exemplo, mas com tramas e diálogos elaborados e um protagonismo dividido.

O apelo de Space Jam, mais de 20 anos depois de sua estreia, vem sendo reafirmado desde a semana passada, quando o filme entrou de surpresa no catálogo da Netflix e logo conquistou o ranking de dez títulos mais assistidos pelos brasileiros na plataforma. Na lista, Jordan e Pernalonga competiram com longas novinhos em folha, como Resgate e Ricos de Amor, chegando até a superá-los. Space Jam envelheceu bem, dos efeitos especiais até o humor afiado. Mas, em tempos de pandemia, o que salta aos olhos é seu poder escapista que leva o espectador a esquecer do mundo por 1h30m.

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Bill Murray interpreta ele mesmo em ‘Space Jam’, longa protagonizado por Michael Jordan e Pernalonga (//Divulgação)

Os bastidores de Space Jam Tirar o filme do papel não foi uma tarefa simples. O cerne da ideia veio de um comercial de TV da marca Nike, em que Michael Jordan e Pernalonga disputavam uma partida contra o personagem Marvin, o Marciano. Até a participação de Bill Murray veio do mercado publicitário: o ator protagonizou nos anos 1990 uma série de propagandas em que tentava, sem sucesso, ser um jogador da NBA.

O ingrediente secreto do filme, porém, foi o terceiro elemento que completou a tríade da qual faz parte Jordan e Pernalonga: o diretor Joe Pytka. Foi ele quem conduziu os comerciais da dupla e percebeu o apelo para algo maior. Começou então a batalha por convencer jogadores de basquete a participarem do filme (uma quadra foi montada no set para que eles pudessem treinar entre uma cena e outra) e a negociação com a Warner Bros para que seus personagens ganhassem uma renovada no visual. Até Spike Lee foi chamado pelo diretor para palpitar no roteiro.

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Pytka ainda tinha na manga outro talento: o gosto musical. O americano hoje com 81 anos é um renomado diretor de videoclipes musicais, trabalhou com Michael Jackson e Britney Spears. A mistura de R&B e hip hop domina a animada trilha, com canções indefectíveis como Space Jam, do grupo Quad City DJ’s; Pump Up The Jam, do Technotronic; e I Believe I Can Fly, hit de R. Kelly.

Seu apelo entre crianças e adultos nostálgicos fez com que Space Jam não se perdesse no amplo catálogo da Netflix: e se tornou a boa pedida para quem quer entrar em um mundo em que a maior ameaça nada mais é que alienígenas desmiolados.

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