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Como Manoel Soares se impôs como a voz antirracista na Globo

Apresentador tem feito apontamentos sutis e necessários, alcançando o público de programas populares — e deixando lições para os colegas de emissora

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 ago 2022, 12h30

Dono de ótima oratória e cheio de personalidade, Manoel Soares, 43 anos, chegou à Globo quase por acaso. Repórter baiano que trabalhava na afiliada da emissora no Rio Grande do Sul, o jornalista chamou a atenção de Fátima Bernardes durante uma entrada ao vivo no Encontro, então apresentado por ela. Em seguida, foi chamado para a equipe do matinal no Rio de Janeiro. Mal sabia ele que se tornaria uma das vozes mais importantes na luta antirracista da maior emissora do país, fazendo colocações pertinentes, elegantes e certeiras a colegas de trabalho ainda “presos” dentro do racismo estrutural.

Recentemente, durante o Encontro, já sob o comando de Patrícia Poeta, Soares corrigiu sutilmente a atriz Marcela Fetter, que usou o termo racista “ovelha negra”. A intérprete de Érika em Pantanal usou a expressão para se referir ao fato de sua personagem ser uma desertora de sua família na novela das 9 da Globo. Gentilmente, o apresentador pontuou que a ovelha poderia ser branca também, sem perder o sentido conotado. Em outra edição do programa, o comunicador precisou alertar Patrícia de que nada justificava o fato de um policial militar agredir sua empregada, uma mulher negra.

Em outra situação, no É de Casa, Manoel interferiu quando Talitha Morete, sem perceber, queria colocar uma convidada negra para servir todos os presentes no programa semanal. Rapidamente, o apresentador logo tirou a bandeja das mãos da cozinheira e assumiu a função momentaneamente. Todas as atitudes de Manoel Soares repercutem nas redes sociais, justamente por causa da forma sutil com que ele as toma, sendo didático e paciente, ao mesmo tempo que não esconde seu posicionamento.

Aos poucos, além de conquistar seu espaço na Globo, Soares se impôs como voz ativa no combate ao racismo em programas populares de alto alcance. Sem perceber, assumiu um papel importante no elenco de apresentadores que ajudam a formar a opinião de muitos brasileiros. A presença do jornalista não é só relevante, como imprescindível para um mundo mais igualitário. Que ele seja o primeiro de muitos que ainda virão.

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