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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Band lidera audiência com final da F1 e cresce como ‘canal do esporte’

Primeiro ano de transmissão foi um sucesso para a emissora, que viu audiência na faixa aumentar em até 300%

Por Amanda Capuano Atualizado em 14 dez 2021, 12h28 - Publicado em 13 dez 2021, 14h25

A temporada de 2021 da Fórmula 1 entrou para a história como a mais acirrada do século XXI, com os líderes Lewis Hamilton e Max Verstappen chegando empatados à última corrida, em Abu Dhabi, nesse domingo, 12. Na disputa final, o piloto da Red Bull levou a melhor, ultrapassando o heptacampeão Hamilton na última volta para abocanhar seu primeiro título, depois de o inglês liderar com folga durante toda a prova. A final de contornos cinematográficos – e um tanto controversos por causa de um safety car nas últimas voltas – colocou a Band na dianteira da audiência da faixa pela segunda vez no ano (a primeira foi no GP de Interlagos). Segundo dados revelados pela emissora em primeira mão a VEJA, a média na Grande São Paulo ficou em 5,8 pontos, com pico de 7,3 das 10h03 às 11h34. Na mesma faixa, conforme apurado por VEJA, a Globo marcou 5,5 de média, seguida por Record e SBT, com 3,9 e 3,5 respectivamente.

O desempenho da temporada fortalece a emissora, que também transmite categorias como Copa Truck, Porsche Cup e Stock Car, em seus esforços para manter a aura de “canal do esporte” – e mostra que o investimento na categoria foi uma aposta muito bem acertada do Grupo Bandeirantes. Sem o “fator Globo”, o alcance da F1 caiu de quase 100 milhões de pessoas em 2019 – maior audiência da rede carioca com a categoria na última década, e longe de seus tempos áureos – para cerca de 47 milhões na Band. O negócio, no entanto, passou longe de ser ruim. Segundo dados da Band, a média de audiência ficou em 4,4 pontos, um aumento de mais de 300% em relação à mesma faixa do ano anterior, que marcava média de 1 ponto. No GP de São Paulo, o canal assumiu a ponta durante 33 minutos, e teve média de 6,9 pontos. “Estamos crescendo e fazendo um trabalho de divulgação cada vez maior. A Fórmula 1 agregou demais à nossa programação e, atualmente, é o principal produto esportivo do Grupo Bandeirantes”, disse em comunicado a VEJA Denis Gavazzi, diretor de esportes do grupo.

Transmitida na Globo até 2020, a Fórmula 1 entrou na grade da Band depois que a emissora carioca não renovou contrato com a Liberty Media, dona dos direitos da categoria. Sem a família Marinho na disputa depois de 40 anos, e sob o risco de sair da TV aberta, a Liberty fechou um acordo com a Band, que passou a transmitir as corridas, e no caso de São Paulo, também o classificatório, no canal aberto e as categorias “de base”, F2 e F3 no Band Sports, em um formato bem parecido ao praticado por Globo e Sport TV nos últimos anos. A migração da categoria máxima do automobilismo para a Band também levou para a emissora paulista nomes conhecidos da concorrente, como a repórter Mariana Becker, que cobriu as 22 corridas in loco, o narrador Sérgio Maurício e o comentarista Reginaldo Leme, que se juntaram a Elia Jr. e Glenda Kozlowski no Show do Esporte.

Nos últimos anos na Globo, a F1 – que chegou a perder um terço da sua audiência global entre 2008 e 2016 – perdeu protagonismo na emissora, que deixou de transmitir treinos classificatórios e a cerimônia do pódio para dar prioridade à sua programação tradicional. A falta de uma cobertura mais detalhada antes e depois das corridas também incomodava os fãs, assim como o fato dos motores saírem perdendo na queda de braço com o futebol – a emissora deixou de transmitir o Grande Prêmio dos Estados Unidos na TV aberta em mais de uma ocasião por coincidir com partidas do Campeonato Brasileiro, jogando a corrida para o canal fechado. A ausência de brasileiros na pista desde a aposentadoria de Felipe Massa, em 2017, também colaborou para a perda do interesse, assim como a vontade da Liberty de trazer o seu canal de streaming, o F1 TV Pro, para o Brasil — o que acabou se consolidando nesse ano.

Quando abriu mão dos direitos de transmissão, porém, a Globo não contava que perderia uma das melhores temporadas da história do esporte para a concorrente. Antes de 2021, a única vez que a disputa chegou empatada à última etapa foi em 1974, quando Emerson Fittipaldi e o suíço Clay Regazzoni dediciram o título nos Estados Unidos, e o brasileiro sagrou-se bi-campeão. Marcada pela disputa acirrada entre Hamilton e Verstappen, a competição ganhou status pop nas redes sociais, e figurou constantemente nos assuntos mais comentados do Twitter. Até novembro, o termo F1 havia sido buscado 3,8 milhões de vezes no Google, três vezes mais que em2020, que marcou 1,7 milhão de registros segundo relatório da empresa Decode. A Band também se deu bem nessa história. Um levantamento feito pela Winnin a pedido de VEJA aponta que, dos vídeos mais assistidos no YouTube da emissora nos últimos 3 meses, três são de conteúdos exclusivos sobre a modalidade, e os outros dois são o programa completo do GP de São Paulo. Aumentando o recorte para os últimos 12 meses, o terceiro vídeo com maior número de likes do canal foi a entrevista entre Rubinho Barrichello e o atual piloto da Ferrari Carlos Sainz, seguido pela exclusiva de Lewis Hamilton para Mariana Becker.

Com contrato até o final de 2022, a emissora promete ficar de olho na Internet. “Nossa meta é trazer mais gente para acompanhar a F1 na Band e, para isso, é fundamental chamarmos a atenção de quem sempre acompanhou o esporte na televisão, mas que hoje está buscando conteúdo na internet, streaming e aplicativos. Acredito que esse é um outro público que precisamos conquistar,” comenta Gavazzi. Já circulam nos meios televisivo e publicitário rumores, porém, de que a Globo teria se arrependido de dar para trás, e pode voltar à disputa pelos direitos da categoria. Agora é aguardar cenas das próximas corridas.

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