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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Astros das Olimpíadas de Tóquio estrelam documentários motivacionais

'A Curiosa História de Ítalo Ferreira' e 'É Ouro!' destrincham a jornada dos campeões olímpicos brasileiros dos jogos de 2020

Por Amanda Capuano Atualizado em 9 set 2021, 12h28 - Publicado em 9 set 2021, 12h27

“Uma cidade nascida de uma vila de pescadores, onde as pessoas nascem predestinadas a trabalhar na prefeitura, na usina ou com peixe” — é assim que Marcelo Buchecha, amigo de infância do surfista Ítalo Ferreira, descreve Baía Formosa, cidade natal do campeão olímpico, no documentário A Curiosa História de Ítalo Ferreira lançado nessa quarta-feira, 8, pela Red Bull TV. Com a narração do amigo, que também integra a equipe de fotografia de Ítalo, a produção visita as raízes do surfista, que disputa a última etapa do Mundial de Surfe a partir dessa quinta-feira, 9, em Lower Trestles, nos Estados Unidos, através de pessoas que o levaram até o topo do pódio em Tóquio. Assim, o doc passa pelos pais, amigos, e até o dono da lanchonete da cidade, que deu muito lanche de graça para os meninos na infância.

O título chega pouco depois da plataforma Globoplay lançar É Ouro! O Brilho do Brasil em Tóquio, série documental com episódios de pouco mais de 30 minutos de duração, que mostram os bastidores da vida dos atletas que se destacaram nas Olimpíadas de Tóquio 2020 — o melhor desempenho do país nos jogos. Em comum, os dois títulos trazem detalhes curiosos sobre a vida dos atletas e os treinos excruciantes, sempre com uma mensagem motivacional por trás.

Celebridade nas ondas, Ítalo já havia gravado parte do documentário da Red Bull TV antes das Olimpíadas, mas pediu para o lançamento ser adiado, pois sabia que os jogos seriam um episódio importante para o filme. Filho de pescador, Ítalo aprendeu a surfar ainda criança, na tampa de um isopor que o pai usava para guardar peixes. Enquanto o patriarca trabalhava para levar o sustento para casa, o garoto brincava com a prancha improvisada, e tomou gosto pelo esporte. Hoje celebridade na cidade, Ítalo é admirado por muitos, mas também teve sua cota de desentendimentos. Em uma cena da produção, a mãe conta que ele recebe muito apoio na cidade, mas há aqueles que torcem o nariz. O surfista relembra na produção que costumava ser chamado de maroleiro e muitos ali duvidavam do seu potencial, o que o incentivou a seguir adiante. “Eu sei o quanto eu busquei evoluir no passado. Me orgulho de ter vivido isso, porque provavelmente se eu tivesse tido tudo, eu não estaria aqui hoje. Ter passado pelo o que eu passei me deixou forte para alcançar os meus sonhos”, contou durante coletiva do filme.

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Dirigido por Luiza de Moraes, o filme de 50 minutos foi moldado para soar como uma espécie de conto oral narrado pelo melhor amigo. Para ilustrar os acontecimentos, a produção mescla entrevistas e imagens de arquivos com o dia a dia do surfista em Baía Formosa, que costuma voltar para a cidade sempre que consegue. Gravuras animadas, que remetem à literatura de cordel, dão vida às histórias da infância em que não há registro visual, como uma briga entre potiguares e cearenses durante uma competição regional. Há ainda registros preciosos da primeira viagem internacional do garoto, aos 13 anos, durante uma competição no México.

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Daí para frente, a vida pacata do litoral potiguar dá lugar a um universo muito mais glamuroso, cercado de competições e ídolos do esporte. Mick Fanning, ídolo de infância de Ítalo, é um dos rostos que não poupa elogios ao brasileiro, com quem competiu no circuito mundial. Já o americano Shane Dorian é quem narra a vitória de Ítalo sobre Gabriel Medina na final do circuito mundial de 2019, quando o potiguar se sagrou campeão em cima do paulista de São Sebastião. A parte menos elogiosa fica para os rompantes de raiva do surfista, que aparece em um sequência de cenas quebrando pranchas, socando a porta e tudo o que vê pela frente — isso até ser repreendido pelo pai, que relembra seu papel recém-adquirido de ídolo das futuras gerações. Já a Olimpíada ficou para os 45 do segundo tempo. “Eu iria fazer história lá, assim eles teriam que acrescentar mais algumas cenas” — profecia que se concretizou.

Confira o trailer:

 

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