Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Tela Plana Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
Continua após publicidade

A arma do filme sueco ‘Caranguejo Negro’ para virar hit da Netflix

Se longa consegue prender o espectador até um final mal-amarrado, é por qualidades como a fotografia gélida - mas, principalmente, sua atriz principal

Por Marcelo Marthe Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 mar 2022, 13h06

A cena é o pesadelo que qualquer mãe abominaria: dentro do carro, parada num congestionamento, a sueca Caroline Edh (Noomi Rapace) vê sua conversa com a filha pequena ser interrompida abruptamente por pessoas correndo em fuga de um tiroteio. Mascarados chegam, arrebentam o vidro do automóvel e separam Edh da criança à força. Corta para algum tempo depois: a protagonista do filme Caranguejo Negro agora é combatente involuntária em um dos lados da hipotética guerra civil que dilacera uma Suécia atingida pelo caos climático. Junto com outros homens, Edh ganha a missão periclitante cujo nome dá título ao longa: atravessar o mar congelado de patins, muitas vezes arrastando-se como o crustáceo, para levar a outra cidade objetos que contêm uma arma capaz de definir a vitória de seu lado no conflito. A isca para conduzi-la até lá sem pestanejar é a promessa de que irá rever a filha perdida.

Com essa equação que promete drama, ação e heroísmo, Caranguejo Negro vem se mantendo por dias a fio no topo do ranking de programas mais assistidos da Netflix. Seu final entrega menos respostas do que deveria – mas até ali o espectador já ficou mais de uma hora diante da tela com certa dose de satisfação garantida. Afinal, as armas do diretor Adam Berg são eficazes. Em matéria de timing, o homem deu uma sorte danada: o mundo cinzento e pós-apocalítico de cidades destruídas pela insensatez da guerra ganha urgência e atualidade no momento em que as imagens do conflito na Ucrânia são exibidas sem parar no noticiário. Colocar o foco de tensão nos patinadores do gelo é uma sacada bárbara: a fotografia dos combatentes deslocando-se sob a escura noite nórdica oferece um balé cinematográfico original. Algumas cenas chegam a ser memoráveis – como aquela em que eles tropeçam em um cemitério macabro na sua rota congelante.

O que permite chegar até o desenlace mal-amarrado sem sentir o tempo passar, contudo, é a atuação magnética de Noomi Rapace. A atriz é uma estrela global em ascensão, com rosto reconhecível em várias outras produções na Netflix, como Close e The Trip. No novo sucesso, ela confere estâmina e sangue quente à figura da mãe ferida que faz até o impossível para ter a filha de volta – uma premissa que injeta benéfica dose de melodrama na paisagem fria do filme. Se Caranguejo Negro tem algum borogodó, ele se chama Noomi.

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.