Carnaval será pelo Zoom e cada escola terá quarenta minutos para desfilar
Os novos quesitos serão: estabilidade da conexão, limpidez do áudio e velocidade
Ziriguizoom! O próximo Carnaval não será igual ao que passou. Boa parte das grandes escolas já anunciou que não colocará seus integrantes e torcedores em risco: nem nos barracões, nem nas arquibancadas e nem na pista. Por isso, o desfile em 2021 deverá ser em sistema de teleconferência. Os novos quesitos serão: estabilidade da conexão, limpidez do áudio e velocidade. Cada escola terá o tempo-limite de ligação para desfilar. Quando cair, caiu — e perde pontos.
Os integrantes de todas as alas se organizarão cada um em seu quadrado. O desafio será cantar o samba sem atravessar, mesmo com o delay que existe nas ligações de vídeo. Os ingressos para assistir ao desfile virtual das escolas de samba deverão começar ser vendidos em dezembro, junto com um pacote de dados de internet. Quem comprar terá de assinar um termo de compromisso de que vai ficar no mute na hora das apresentações, pra não atrapalhar a escola com barulho de criança chorando nem de cachorro latindo.
Publicado em VEJA de 22 de julho de 2020, edição nº 2696