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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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RS é um dos três estados que não atingiu meta dos anos iniciais no Ideb

Nos anos finais, estado é também um dos três com menor evolução, segundo o MEC

Por Paula Sperb
Atualizado em 4 set 2018, 15h40 - Publicado em 4 set 2018, 15h11

Enquanto a maioria dos estados brasileiros melhorou ou manteve o desempenho nos anos iniciais do ensino fundamental, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017, o Rio Grande do Sul foi um dos três estados que não alcançou a meta. Os outros dois são Amapá e Rio de Janeiro. O estado ocupa o 15º lugar no ranking geral do Ideb, entre os 27 estados, mesma posição do levantamento anterior.

Na avaliação, em uma escala de zero a dez, o Rio Grande do Sul ficou com o índice de 5,7 (total de escolas públicas e privadas) – a meta era 5,8. Os índices do Ideb foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) na última segunda-feira, 3. Segundo o MEC, oito estados alcançaram um Ideb maior ou igual a seis: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal.

Enquanto no ensino médio nenhum estado alcançou a meta (4,7), o Rio Grande do Sul também foi um dos três com menor evolução (com 4,6, total de escolas públicas e privadas), ao lado de Amapá e Roraima, conforme o estudo.

Para o Secretário Estadual de Educação, Ronald Krummenauer, “o resultado mostra que é preciso avançar”. De acordo com o secretário, há medidas em andamento como “a implementação do Referencial Curricular Gaúcho, para a Educação infantil e o Ensino Fundamental, a partir de 2019, com a contribuição de mais de 100 mil professores na sua elaboração e a mudança do currículo do Ensino Médio, prevista para ocorrer em 2020, já em debate em toda a rede pública” (veja a nota completa abaixo).

Reportagem de VEJA mostra a questões respondidas por alunos de diferentes idades na Prova Brasil, que compõe o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Uma delas pede a crianças de até oito anos (supostamente alfabetizadas) que olhem para a imagem de uma pipoca e assinalem entre quatro opções a palavra escrita: uma de cada cinco marcou pijama, piloto ou pirata. Elas também tropeçaram na proporção de um para cinco ao contar os nove balões nas mãos de um palhaço. A defasagem nos primeiros anos escolares tende a se agravar conforme a complexidade aumenta sem que dúvidas básicas tenham sido dissipadas.

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Os dados do Prova Brasil mostram que apenas 5% dos alunos brasileiros se encaixam na faixa adequada, ou seja, possuem o conhecimento esperado para sua série. Em português, a situação piora: apenas 1,7% aparecem na faixa de adequado.

Nota da Secretaria de Educação do RS:

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal ferramenta para medir a qualidade da educação do Brasil, divulgado nesta segunda-feira, 3, mostra que a rede púbica estadual melhorou em todos os indicadores em relação ao último levantamento, realizado em 2015. No ensino fundamental, inclusive, o Rio Grande do Sul, juntamente com o Rio de Janeiro apresentou desempenho superior à média nacional. Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Ceará têm as maiores taxas de aprovação. No outro extremo estão Pará, Sergipe e Bahia.

No fundamental, o IDEB do Rio Grande do Sul subiu de 5,5 para 5,7 no 5º ano e 4,0 para 4,3 no 9º ano. No ensino médio, também houve avanço de 3,3 para 3,4 pontos. A posição no ranking geral, considerando os demais estados, no ensino fundamental passou da 18ª colocação para 14ª no 5º ano e de 15º para 13º lugar no 9º ano.

No ensino médio, o Rio Grande do Sul permaneceu em 15º lugar no ranking, acompanhando o desempenho nacional. Após três edições consecutivas sem alteração, o Ideb do ensino médio brasileiro avançou apenas 0,1 ponto em 2017. Apesar do crescimento observado, o país está distante da meta projetada.

Os resultados do SAEB, divulgados na semana passada, que apontam a proficiência média dos alunos (um dos componentes que formam o IDEB, juntamente com a taxa de aprovação dos alunos) já sinalizava para esse crescimento dos índices no ensino fundamental e para as dificuldades no ensino médio.

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Porém, apesar da queda da proficiência do ensino médio, avaliada no 3ª ano, de 2,1 pontos em Português e 0,48 em Matemática, os alunos ainda tiveram um desempenho melhor do que a média do Brasil.

Para o Secretário Estadual de Educação, Ronald Krummenauer, o resultado mostra que é preciso avançar. Ele cita como medidas em andamento a implementação do Referencial Curricular Gaúcho, para a Educação infantil e o Ensino Fundamental, a partir de 2019, com a contribuição de mais de 100 mil professores na sua elaboração e a mudança do currículo do Ensino Médio, prevista para ocorrer em 2020, já em debate em toda a rede pública.

Lembra, igualmente o retorno da ferramenta de avaliação do desempenho dos alunos feito pela Secretaria Estadual de Educação – SAERS – como um instrumento importante de acompanhamento e medição de resultados. Ele será aplicado para alunos do 3º e 6º ano do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio, entre 21 e 31 de outubro.

O Secretário cita, também, a necessidade de mudanças profundas na gestão do sistema educacional. “ Além da mudança no pedagógico, que está sendo feita, a educação gaúcha necessita de uma modernização, com a agilização de processos e a mudança da legislação que precisa ser atualizada e aperfeiçoada e que iremos encaminhar ainda neste ano”, disse Krummenauer.

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