Quem precisa de vírus?
Queiroga, que deixa de cumprir sua obrigação para fazer palanque, reclama de quem transforma a obrigação cumprida em palanque
Em qualquer lugar do mundo, o ministro da Saúde comemoraria o início da vacinação infantil.
Mas aqui é diferente. Aqui é o Brasil.
Ao ver o governador de São Paulo vacinar a primeira criança, o ministro da Saúde ficou furioso. “(João Doria) está fazendo palanque. Acha que isso vai tirá-lo dos 3%. Desista!”.
O ministro que (em tese) não é político, mas todo dia deixa de cumprir sua obrigação para fazer palanque, encrespou porque Doria, que é político, transformou a obrigação cumprida em palanque.
Além de criticar quem defende a saúde das crianças brasileiras, Queiroga é aquele ministro que…
Entregou, sem licitação, a armazenagem e o transporte das vacinas a uma empresa sem qualquer experiência no ramo — em pelo menos cinco estados houve problemas de imunizantes chegaram em condições inadequadas de armazenamento e transporte. O TCU abriu um processo para apurar irregularidades.
Inventou uma consulta pública inútil e inédita com o único propósito de atrasar a vacinação infantil — conseguiu: atrasou em um mês.
Já fez várias insinuações sem fundamento contra a vacina.
E muito mais.
Com um ministro desses, quem precisa de vírus?