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Bolsonaro dá mostras de desespero

A ideia de reduzir os preços dos combustíveis no susto tende a sair pela culatra

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jun 2022, 10h03 - Publicado em 6 jun 2022, 21h15

O governo deve apresentar na quarta-feira uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) zerando os impostos federais sobre os combustíveis e pagando aos estados para que reduzam os impostos estaduais. Com esse subsídio, quer segurar a inflação e a insatisfação popular, eleitoralmente mortíferas.

Percebe-se aflição quando o governo tentar reduzir preços drasticamente por meio de uma medida brusca elaborada no afogadilho. Quando, para conseguir isso, o governo chega a alterar a Constituição da República, é porque a aflição está tendendo ao desespero.

Paulo Guedes já deve ter dito isso a Bolsonaro centenas de vezes: subsídios são indesejáveis e medidas bruscas e drásticas têm o mau costume de surtir efeitos ainda mais indesejáveis — o capitão, que tinha mais de 30 nos anos Sarney, não deveria precisar de Guedes para saber isso.

O subsídio proposto pelo governo quebrará o teto de gastos e pressionará o déficit público. A dívida pública deve aumentar, a situação fiscal do governo se tornará ainda mais frágil, a taxa de juros (que já está na lua) subirá e dificultará ainda mais a retomada econômica.

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“Nós podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição”, ensinou Dilma Rousseff. A questão é em quanto tempo o inferno chega e se a empulhação é suficiente para enganar o eleitorado a ponto de ganhar a eleição. E qual é o tamanho do desespero.

Não que Bolsonaro não tenha lá seus motivos para estar desesperado.

Os preços estão nos píncaros e continuam a subir. A taxa de juros impede a retomada do crescimento, mas a inflação permanece alta. A queda no desemprego foi pequena e acompanhada de achatamento salarial: o número de brasileiros que ganha salário mínimo cresceu de 30% para 38%.

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Todas as pesquisas indicam que Lula vencerá no segundo turno com ampla folga; o Datafolha sugere que o ex-presidente tem condições de fechar a fatura ainda no primeiro turno.

Bolsonaro tem menos de quatro meses para fazer alguma coisa para conseguir votos.

O tempo urge.

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E ruge.

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