Veja 1 – Holiday on ice
A Veja traz uma reportagem tentando entender por que vivemos as eleições mais frias desde a redemocratização do país. Seguem trechos do texto de Lucila Soares e Ronaldo Soares e link para os assinantes da revista:“O favoritismo absoluto dos líderes das pesquisas nos principais colégios eleitorais também contribui para esfriar a campanha. Em vinte dos […]
“O favoritismo absoluto dos líderes das pesquisas nos principais colégios eleitorais também contribui para esfriar a campanha. Em vinte dos 27 estados a eleição deverá ser decidida em primeiro turno, sendo que em dezenove deles o governador concorre à reeleição. Em Minas Gerais, Aécio Neves tem 76% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Datafolha. “É uma situação em que não há disputa, portanto muito dificilmente existe paixão”, afirma a cientista política Lúcia Hippolito. A essa situação se soma uma diferença importante da campanha em relação às anteriores. O eleitor mal consegue distinguir candidatos e partidos. Lula deixou de ser PT, ainda que o PT faça de tudo para associar-se a Lula. Geraldo Alckmin é PSDB, mas o PSDB não faz questão de associar-se ao candidato tucano – aliás, em muitos casos, tenta claramente desvencilhar-se dele.
As campanhas presidenciais de Lula sempre foram marcadas pelo uso de símbolos do PT, como a estrela, a cor vermelha e o número 13. Agora, candidato à reeleição e com o maior índice de popularidade de sua carreira política, Lula esconde os símbolos petistas e os antigos companheiros de partido. E usa as cores da bandeira do Brasil em vez do vermelho. Nas propagandas de TV da campanha presidencial, não há referência ao partido. Nos palanques montados nos estados, Lula se divide entre candidatos petistas e de outros partidos. Caso do Rio de Janeiro, onde se equilibra nas campanhas do petista Vladimir Palmeira e do senador Marcelo Crivella, do PRB, que se licenciou do cargo de bispo da Igreja Universal do Reino de Deus mas continua, evidentemente, tendo no rebanho evangélico seu maior trunfo. “O escândalo do mensalão destruiu o PT, mas não colou no Lula. Por isso ele cortou o PT de sua campanha. É uma questão de sobrevivência”, analisa o cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília (UnB).” Clique aqui para ler mais