Vamos privatizar a Telefonica. E o meu e-mail ao presidente da empresa
Estou sem o Speedy desde as 3h da manhã de quarta-feira – ou seja, há 36 horas. A Telefonica diz gravar os telefonemas de reclamação. Já fiz sete. A cada hora, uma explicação diferente, com promessas renovadas de restauração de serviço. Pedi o nº dos protocolos das chamadas. Pelo visto, os atendentes são orientados a […]
125.976.530;
125.976.530
D1260137778
126015842
126050958…
São apenas alguns…
Agora resta o caminho do ombudsman, da Anatel… Não vai adiantar, eu sei. Seria necessário reconhecer o usuário do serviço como um cliente, estabelecendo com ele a relação normal de um país capitalista. Que força a tanto?
É mesmo um país primitivo com banda larga. Talvez o juiz De Sanctis esteja certo. Não adianta legislação de primeiro mundo com padrão de serviço de quarto mundo. Aí diria um bocó: “Viu só? Culpa da privatização, que você apoiou”. Não! Sem ela, não teríamos nem a banda larga funcionando mal. Ao contrário: falta que a Telefonica, no Brasil, se comporte, com seus clientes, como uma empresa privada.
Em suma, convido os espanhóis a privatizar a Telefônica.
Ah, sim: estou sem o serviço há 36 horas. No último atendimento, prometeram mandar um técnico. Prazo: 72 horas!!! Virá aqui, consta, alguém de uma empresa chamada Koerich.
Pois é. Encaminhei um e-mail à assessoria do presidente da Telefonica com as seguintes questões:
– O que o sr. recomenda que um cliente que está sem o Speedy há 36 horas faça depois de ter ligado para a Telefonica 7 vezes? Ele deve escolher outra empresa? Qual o sr. recomenda?
– O sr. acha razoável que uma empresa que mantém um contrato com o usuário interrompa o serviço por 36 horas e peça, depois, mais 72 horas para oferecer o reparo?
Obrigado!
Acho que ele não vai me responder. Afinal, eu sou só o cliente, e a Telefonica é a empresa que promete oferecer banda larga em troca de pagamento. Convenham: isso é coisa típica de relações entre privados. Muito exótica para o Brasil.