Vai, Alckmin, mas vai logo!
Leiam estas declarações: “[Geraldo Alckmin] será o candidato a prefeito se ele decidir ser. Se ele decidir, o PSDB vai seguramente apoiá-lo”Senador Sérgio Guerra (PE) presidente nacional do PSDB “O Alckmin só não sairá candidato se não quiser. Ele é o candidato do PSDB”Deputado federal Mendes Thame (SP), presidente estadual do PSDB“Se Alckmin decidir ser […]
“[Geraldo Alckmin] será o candidato a prefeito se ele decidir ser. Se ele decidir, o PSDB vai seguramente apoiá-lo”Senador Sérgio Guerra (PE) presidente nacional do PSDB
Deputado federal Mendes Thame (SP), presidente estadual do PSDB
“Se Alckmin decidir ser candidato, ele será”
Governador José Serra
Comento
A única notícia que há acima é a ausência de notícia. Sempre foi assim. Foi o que Serra e os chamados “serristas” disseram o tempo todo. O busílis sempre foi outro: entre o “querer” e o “não querer”, há uma leitura da política, estratégias diversas, a questão da união local com o DEM, com desdobramentos que são nacionais. Alckmin está em outra. O jornalismo político se diverte com a sua aliança branca com Aécio Neves: o “antilulista” Alckmin junto com o mais “lulista” dos tucanos. Então tá.
Como observador da política e mesmo como quem ganha seu salário escrevendo a respeito do assunto — E NÃO PARTICIPANDO DELE —, confesso que essa história já me enjoou. Até porque já vi esse filme antes.
Acho que Alckmin será, sim, candidato.
A exemplo de 2006, parte do charme de sua candidatura deriva da suposição de que ela desagrade a Serra e aliados. O ex-governador vira notícia usando o outro como escada. Definido como candidato, torna-se corriqueiro de novo.
Quando Alckmin pode se comportar como a “pimentinha” na sopa de Serra, dão-lhe espaço. Aí ele vence a batalha interna, e a mídia volta a tratá-lo como chuchu. Alguma novidade nisso?
Vai ser candidato, sim. E espero que o excelente prefeito Gilberto Kassab, do DEM, também seja. E que o seja para tentar vencer, não para marcar posição. Digo a céu aberto: se não der, será mesmo uma pena para São Paulo, a cidade onde moro, e para os que aqui vivem.
Vou mais longe. Acredito que, agora, ALCKMIN TEM DE SER CANDIDATO. Caso viesse a desistir do pleito, é evidente que seu grupo não trabalharia por Kassab. Uma eventual vitória da petista Marta Suplicy seria atribuída a supostas dificuldades impostas por Serra para tornar viável um candidato tucano.
Vai, Alckmin, mas vai logo!